Ex-presidente do INSS bate boca com relator de CPMI que investiga descontos indevidos
Alessandro Stefanutto beneficiado por habeas corpus que o permitiu ficar em silêncio
Fala Brasil|Do R7
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga os descontos irregulares nas aposentadorias teve uma sessão tumultuada na segunda-feira. O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, utilizou um habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux para não responder às perguntas dos parlamentares. Essa atitude gerou descontentamento entre os membros da comissão.
Stefanuto foi afastado judicialmente de seu cargo e tinha o direito legal de permanecer em silêncio diante de questões que pudessem incriminá-lo. Durante a sessão, ele afirmou que não responderia à pergunta feita pelo relator, o deputado nfederal Alfredo Gsapar (União-AL) por considerar que ela poderia ser autoincriminatória. A situação levou à interrupção temporária da reunião.
Após o intervalo, as tensões continuaram com novos embates entre Stefanuto e o relator da comissão. Acusado de estar envolvido no esquema considerado "o maior roubo" contra aposentados e pensionistas, ele defendeu suas ações durante sua gestão como presidente do INSS.
Stefanuto é funcionário público de carreira vinculado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Ele assumiu a presidência do instituto após participar da equipe de transição governamental e foi nomeado pelo então ministro da Previdência Carlos Lupi. Durante seu mandato no INSS, 15 entidades firmaram acordos permitindo os controversos descontos nas aposentadorias e pensões.
O ex-presidente continua sob investigação devido à suspeita de participação nos atos ilícitos relacionados aos benefícios previdenciários. Em sua defesa durante a CPI, alegou ter agido com transparência ao autorizar tais acordos enquanto esteve na liderança do órgão federal responsável pela seguridade social no Brasil.
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