Teresa Tavares celebra 25 anos de carreira e defende a liberdade
Atriz revisita início aos 13 anos, sucesso na TV e desafios no cinema
Palco Record|Do R7
Celebrando 25 anos de carreira em 2025, a atriz Teresa Tavares relembra a descoberta da vocação ainda na adolescência, fala sobre o impacto de novelas de grande audiência, a experiência em coproduções internacionais e o desafio recente de interpretar uma pianista num thriller psicológico — sempre com a liberdade como valor central e a empatia como método de trabalho.
Da timidez ao palco: a vocação descoberta cedo
Teresa entrou no teatro por volta dos 13 anos, ainda sem ambição profissional. A curiosidade de “subir ao palco e vestir a pele de outra pessoa” rapidamente virou revelação: ali, diz, sentiu-se “mais livre do que em qualquer outra situação” da vida. A partir desse momento, as oportunidades surgiram e a carreira deslanchou — “25 anos passam a correr”, resume.
Insegura na adolescência, Teresa conta que a representação se tornou ferramenta para lidar com o mundo. Ecoando Fernanda Montenegro, afirma que descobrir a vocação “resolve metade da vida”, ainda que os desafios permaneçam.
‘Jardins Proibidos’, ‘Anjo Selvagem’ e a febre das novelas
A estreia em televisão chegou no início dos anos 2000. O fenômeno de audiência foi imediato: o público acompanhava a ficção com devoção, abordando a atriz na rua para comentar as tramas. Entre os títulos marcantes daquele período estão ‘Jardins Proibidos’, ‘Anjo Selvagem’ e o universo juvenil popularizado por séries como ‘Morangos com Açúcar’. Teresa recorda a surpresa da fama ainda muito jovem — “a produção ia buscá-la à escola” — e o carinho dos espectadores, que viviam as histórias “como se fossem suas”.
Entrega, empatia e o corpo a serviço do texto
Para Teresa, o ofício é “tudo sobre entrega”. O ator dá corpo ao texto e precisa exercitar humildade e empatia para responder à pergunta-chave: “Como eu seria nesta circunstância?”. A cada papel, a atriz procura dar voz a mulheres e contextos diversos, valorizando a versatilidade como traço central da sua trajetória.
Cinema e coproduções: um terreno de descobertas
Trabalhar fora do país, diz, muda menos o processo e mais o ambiente: são equipes novas, olhares sem preconceitos e aprendizados mútuos. Recentemente, interpretou Ana, uma pianista num thriller psicológico “denso e perturbador”, que conduz o público pelos labirintos mentais da personagem. Teresa chegou a estudar piano — o que ajudou na interação com o instrumento —, embora destaque não tocar “como Ana Torres”.
Liberdade como norte
Se tivesse de eleger um valor inegociável, Teresa escolhe a liberdade — encontrada na representação e perseguida na vida. “Nem sempre é fácil”, admite, mas é esse princípio que guia escolhas e performances há um quarto de século.
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