‘Se um amigo te chamou para uma oportunidade incrível, desconfie’, avisa promotora sobre caso de exploração sexual em Cancún, no México
Mulher foi mantida em cárcere privado com outras 16 jovens eram obrigadas a se prostituir; entenda o caso a seguir
Balanço Geral|Do R7
O Balanço Geral apurou mais informações sobre uma oferta de trabalho no México, que atraiu 17 jovens argentinas para a vaga, mas não passava de um golpe. A oportunidade apareceu pela internet, com a promessa de um trabalho bem remunerado em hotéis de luxo nas cidades turísticas do país. Elas foram recebidas com carros particulares, mas ao chegar no local, tiveram seus passaportes confiscados e foram obrigadas a se prostituir.
As garotas passaram a trabalhar em bares em Cancún e Playa Del Carmen e todo o dinheiro que conseguiam era tomado pelos aliciadores, que usavam para pagar a chamada “taxa de manutenção”, mas, na verdade, eram os custos com alimentação, hospedagem, roupas e o que foi gasto com as passagens de avião.
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A promotora de Justiça Celeste Leite dos Santos alertou sobre possíveis golpes de empregos. “Se um amigo te chamou para uma oportunidade ‘incrível’, desconfie”, disse.
O esquema ilegal foi descoberto após uma das jovens fugir e pedir ajuda. Ela enviou uma mensagem para a procuradoria geral de Quinta Roo, no México. “Promotores, me ajudem. Quero denunciar que fugi de um inferno. Há meninas de 12 ou 13 anos. Elas estão sendo prostituídas, é horrível. Somos 15 meninas de quem tiraram os passaportes, mas consegui escapar. Por favor, nos ajudem”, escreveu.
Com a denúncia, três homens foram presos e serão investigados por tráfico de pessoas e exploração sexual.
Celeste contou que o tráfico de pessoas é considerado como “hard crime”, ou seja, ele está atrás apenas do tráfico de drogas e armas como terceiro crime mais praticado e mais lucrativo no mundo. Segundo o Ministério de Segurança da Argentina, de janeiro até abril deste ano, 474 vítimas foram resgatadas.
As 17 vítimas salvas da exploração sexual podem ajudar na nova etapa da investigação para tenta identificar outros possíveis criminosos envolvidos no caso.
Assista ao vídeo:
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