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‘Nunca incentivamos o contato’, rebate diretora de escola que teria vínculo familiar com o pai de Gustavinho

Segundo a investigação, a educadora disse ao Conselho Tutelar que não havia indícios de maus-tratos ou negligência

Cidade Alerta|Do R7

Diretora da escola seria parente do pai de Gustavinho (Reprodução/RECORD)

O Cidade Alerta trouxe novos detalhes do caso do menino Gustavinho, de 8 anos, brutalmente assassinado pelo pai e pela madrasta em Vinhedo, no interior de São Paulo. Pedro Vitor do Prado, de 26 anos, e Camila Gomes da Silva, de 28, foram presos pela morte do garoto após motoqueiros reconhecerem o casal que tentava fugir, segurá-los e acionarem a polícia.

Relembre o caso:

A equipe do Cidade Alerta foi até a residência de Suzana Cardoso, tia materna de Gustavo, e com quem ele morou antes de ir para casa do pai. Ela contou que o garoto ficou com ela desde os 2 anos e criaram um vínculo muito forte.

No entanto, quando o pai saiu da cadeia, ele passou a visitar o menino com mais frequência e disse que queria levá-lo para morar com ele. “O Pedro começou a vir na porta, eu tentava explicar que eu não queria a proximidade dele com o Gustavo, porque que ele tinha uma educação totalmente diferente”, afirmou Suzana.

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O garotinho estudava em frente à casa da tia e ela fazia questão de levar e buscar o menino na porta do colégio. Suzana contou que a diretora incentivava que a criança fosse morar com o pai. “Quando tinha reunião na escola, a professora falava que eu não poderia tirar o direito dele de pai”, disse.

Com visitas cada vez mais frequentes, o pai convenceu a criança e Gustavo passou a falar que queria morar com o pai. Inicialmente, Suzana não deixou, mas acabou cedendo. A tia ainda alertou que, caso o menino desse muito trabalho, era para levá-lo de volta.

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Um detalhe chamou atenção da investigação, segundo os conselheiros tutelares de Vinhedo (SP), houve apenas uma denúncia anônima, feita no dia 16 de janeiro, alegando que a criança estaria sofrendo maus-tratos em casa. Devido à denúncia, no dia 31 de janeiro, os conselheiros foram até a escola onde o menino estava matriculado e solicitaram um relatório. Em resposta, a unidade escolar informou que não havia indícios de maus-tratos ou negligência.

“Nós nunca incentivamos o contato com o pai”, afirmou a diretora. No entanto, um detalhe pode ampliar as investigações. Segundo relatos, a diretora da escola tem vínculo familiar com Pedro, o pai do menino. Ao ser questionada sobre o parentesco, a diretora tentou fugir da resposta.

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Os familiares questionaram o Conselho Tutelar, pois, segundo a delegada, a perícia constatou que o garoto apresentava marcas de violência física antigas. Suzana ainda alegou que a própria Camila já queria devolver a guarda aos familiares maternos, mas a família foi impedida de buscar.

Segundo o Conselho Tutelar, desde a denúncia, os conselheiros iniciaram o acompanhamento do caso. Chegaram até a entrevistar o pai e a madrasta do menino e foram feitos dois encaminhamentos para que ambos levassem a criança para uma escuta técnica, porém em nenhuma ocasião levaram o menino justificaram problemas de saúde.

Pedro e Camila foram submetidos à Audiência de Custódia e tiveram a prisão convertida em preventiva, portanto, os dois permanecem atrás das grades.

Confira na íntegra:

O Cidade Alerta vai ao ar de segunda a sexta, a partir das 16h30; e aos sábados, com duas edições, às 17h e às 21h, na tela da RECORD.


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