Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de dependentes digitais
Estudo aponta que brasileiros passam cerca oito horas por dia ligados nas telas; saiba quais são os principais sintomas
Fala Brasil|Do R7
Quantas horas por dia você passa olhando a tela do seu celular? O Fala Brasil trouxe detalhes de um estudo que revela que o Brasil é o segundo país com o maior número de dependentes digitais. Os brasileiros ficam cerca de oito horas por dia ligados em celulares, tablets e computadores. A consequência é um aumento no número de problemas e doenças de saúde mental.
A influenciadora digital e empresária Thais Giraldelli precisa do celular para o trabalho, mas já percebeu que é muito mais do que isso. “Só não estou com celular quando estou dormindo, porque o resto do dia inteiro estou com celular na mão. Fico com a luz azul do celular o tempo todo no rosto, o meu dedo está totalmente torto de apoiar o celular”, disse a influenciadora.
A Thais não está sozinha nessa, os brasileiros normalmente passam cerca de 16 horas acordados por dia e mais da metade desse tempo, por volta de 9 horas, estão com os celulares, tablets e computadores nas mãos.
O vício nas telas não é apenas um modo de expressão, ele é patológico. Psiquiatras brasileiros começaram a investigar esse abuso de tempo em frente às telas e como ele prejudica a saúde. O estudo inédito mapeou 13 transtornos mentais diretamente relacionados à exposição excessiva de computadores e de celulares.
A psiquiatra responsável pelo estudo, Carmita Abdo, revela que a dependência é tão grande que pode ser equiparada a dependência de uma droga. Os indícios desses transtornos mentais são variados, como deixar de fazer coisas básicas do dia a dia para preferir ficar no celular, ter crises de ansiedade por estar sem o celular ou sem conexão com a internet, ignorar a presença de outras pessoas no mesmo ambiente devido ao uso do celular, entre outros.
A consultora de comunicação e marketing Priscila Santos Boschini já sofreu muito com essa dependência. “Cheguei a procurar psiquiatra, fazer terapia para entender e ir ao neurologista, porque eu tinha dores de cabeça. Fui adoecendo”, relatou. Priscila usava tanto o aparelho e o computador que sentiu que estava perdendo uma parte da própria vida. Em um ato de desespero, ela decidiu largar a carreira e tirar um ano sabático longe das telas.
A solução não precisa ser necessariamente tão radical como um abandono completo de qualquer tela, ainda mais porque, no mundo de hoje, estar conectado é importante. Basta encontrar o equilíbrio entre o mundo digital e o real.
“Enquanto você não estiver tão refém dessa situação, procure a prevenção. Parar de tempos em tempos ao longo do dia, fazer uma introspecção, ficar em contato com a natureza”, recomenda Carmita.
Confira na íntegra:
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