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Protagonista olímpico, coadjuvante paralímpico. Por que os EUA padecem na edição adaptada?

Na última edição, em Londres 2012, país terminou em sexto no quadro de medalhas

Rio 2016|Do R7

O arqueiro Matt Stutzman é um dos destaques dos EUA
O arqueiro Matt Stutzman é um dos destaques dos EUA O arqueiro Matt Stutzman é um dos destaques dos EUA

Por que os Estados Unidos não são uma potência nos Jogos Paralímpicos? Essa é uma pergunta que causa estranheza no universo esportivo e vem gerando um grande debate. Afinal, na última edição das Paralimpíadas, em Londres 2012, o país terminou apenas na sexta colocação no quadro de medalhas, situação distinta da que se vê nos Jogos de verão – nestes os norte-americanos papam tudo e venceram 17 das 28 edições.

Algumas razões apontam para tamanha disparidade. Uma delas está relacionada com a falta de independência do esporte paraolímpico no país. Diferentemente do que acontece no Brasil, onde há comitês independentes para esporte olímpico (COB) e paralímpico (CPB), os norte-americanos têm ambas as equipes dirigidas pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC, sigla em inglês). É como o futebol brasileiro, onde homens e mulheres possuem a mesma confederação (CBF), mas com estruturas abissalmente desiguais para os gêneros. 

Um segundo fator é ainda mais claro. Disparidade de investimento. Não se planta, não se colhe. Em 2015 o Comitê Olímpico dos Estados Unidos faturou US$ 148 milhões (cerca de R$ 479,5 milhões). E como esse dinheiro foi investido? Da seguinte maneira: US$ 76 milhões (R$ 246,2 milhões) foram destinados à preparação de atletas e US$ 42 milhões (R$ 136 milhões) reservado para melhoria das estruturas. Aos cofres paraolímpicos restou uma pequena parcela.

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Talvez resultado de um terceiro fator, este relacionado com o pouco tempo com que os norte-americanos vivem o “movimento paralímpico”. A primeira competição adaptada no país aconteceu somente em 1948. Além disso, quase não há competições paraolímpicas locais nos Estados Unidos que, diga-se de passagem, têm liga até para disputa de bolinha de gude. Sem competição que criem e evoluam atletas é natural que o país sofra nas Paralimpíadas.

Mesmo com todos estes problemas os Estados Unidos terão na Rio 2016 a sua maior delegação paralímpica da história. Serão 267 atletas disputando 20 modalidades, tendo, pela primeira vez, classificado todas as oito equipes que competem em esportes coletivos.

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