Paulo Cupertino escreve carta na prisão e solicita habeas corpus: ‘Massacrado’
Após cinco anos do crime que chocou o Brasil, e tirou a vida do ator Rafael Miguel e de seus pais, o homem passará por julgamento nesta quinta (10)
Balanço Geral|Do R7
O Balanço Geral trouxe com exclusividade as novidades do caso Paulo Cupertino. Na próxima quinta (10), acontece o julgamento do suspeito de assassinar o ator Rafael Miguel, de 22 anos, e seus pais, João Alísio e Miriam Miguel, em junho de 2019, na zona sul de São Paulo.
O programa teve acesso ao laudo pericial, que será apresentado no julgamento. Segundo o documento, um spray usado para defesa pessoal foi encontrado entre os corpos de Rafael e Miriam, indicando que eles poderiam imaginar que o homem agisse de forma agressiva.
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O assassinato da família foi um dos crimes que mais comoveu o país em 2019. Rafael foi até a casa de Paulo Cupertino com a intenção de pedir a mão de Isabela Tibcherani em namoro. Sabendo que o homem era agressivo, os pais acompanharam o jovem. Ao chegar no local, a família foi alvejada com mais de treze tiros fatais. Na cena do crime, foram encontrados pertences dos parentes, como carteiras, chave do carro, documentos e, inclusive, um spray de pimenta e os óculos do jovem com sangue.
“No meu modo de ver, quando se tem um spray de pimenta na cena do crime, sugere que as vítimas já haviam antecipado ali uma possibilidade de que a conversa poderia caminhar para além de conversa natural. Poderia haver uma briga, ou algo mais grave”, diz Rafael Valentini, advogado criminalista.
Após o crime, Cupertino fugiu, e passou cerca de três anos foragido da polícia. O homem teve o nome na lista de procurados da Interpol, a Polícia Internacional. Até que foi preso em maio de 2022, e na prisão, se envolveu em uma briga com outro detento pelas provocações.
Dias antes do julgamento, Cupertino escreveu uma carta onde se declara inocente e afirma estar sendo injustiçado. “Excelência, eu me encontro preso desde o dia 16-05-2022, e bem antes da minha prisão, venho sendo massacrado e perseguido de formas e informações totalmente desprovidas e mentirosas”, escreveu ele. Ainda, na carta, Paulo Cupertino solicitou um pedido de habeas corpus. Mas, não teve sucesso. O direito de responder em liberdade não foi aceito pela justiça.
“Um dos objetivos previstos dessa estratégia é fazer com que uma opinião pública já definida para condenado possa passar por reflexões, verificar possibilidades e até entender que ele é uma pessoa que está sendo injustiçada”, explica Hewdy Lobo Ribeiro, psiquiatra florense.
Ao todo, 21 pessoas vão ser ouvidas no julgamento, incluindo Isabela e sua mãe. Caso Paulo Cupertino seja condenado, pode pegar uma pena de até 90 anos de prisão.
Confira na íntegra:
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