“É um programa de amor à arte”, diz a cantora Bruna Caram
Jurada do Canta Comigo 3 relembra o motivo que a levou aos palcos e faz uma viagem no tempo dos seus avós ao escutar as histórias de vida dos candidatos
Entrevistas|Juliana Lambert, do site oficial
No júri do reality Canta Comigo 3, a cantora Bruna Caram estreia em clima nostálgico e relembra da sua infância ao escutar histórias dos candidatos que buscaram inspiração na família para seguir a carreira musical.
“Sempre viajo de volta ao violão do meu avô, que era chorão, e volto para a voz da minha avó, que é viva e canta até hoje. E, principalmente, eu me lembro do quanto cantar desde criança sempre foi um jeito de estar junto das pessoas que eu amava, muito mais do que ser reconhecida ou fazer sucesso. Nem sabia o que era isso, mas eu já sabia que cantar era uma alegria e a maneira de manter a família unida. Então, o Canta Comigo me deu essa oportunidade de lembrar, muitas vezes, o motivo que me levou a cantar. Eu comecei a cantar na vida para ser feliz. E quem me ensinou isso foram os meus avós”, conta a jurada da atração.
Bruna Caram gosta mesmo é de ver que o candidato está se divertindo no palco e não está inseguro com a própria voz e o corpo. “Gosto de ver que ele está conseguindo ser feliz e que consegue estar à vontade no palco. O que me faz também cantar junto é ver nuance na apresentação, que a pessoa passeia entre uma voz mais intensa, uma mais suave, que está prestando muita atenção na letra e que estou entendendo a história da canção que ela está cantando, independentemente de eu já gostar da música ou não”, observa.
Assim como o público de casa, a cantora também se emociona com a trajetória dos candidatos. “Eu sempre fico no aguardo da maneira que a pessoa vai cantar, se aquela emoção que existe na história também vai dar para ver enquanto canta”, revela.
Participar do Canta Comigo foi um presente para Bruna Caram: “Fiquei muito feliz de reencontrar alguns amigos que eu nem sabia que estavam lá, como o Diego Moraes. Eu estava no camarim gravando a parte do karaokê e nem era gravação do programa e ele apareceu. Fazia tempo que a gente não se encontrava, até por causa da pandemia e da vida. Eu também vi a Graça Cunha e o Nicholas Torres, que eu vi nascer e sou amiga dos pais dele".
Bruna tem uma escola de canto e conseguiu reorganizar a agenda, além de conciliar a vida em família para estar no reality. “Fiquei muito feliz de conseguir remarcar as aulas para estar no programa e deixar meu filhinho com meu marido em casa. Ao invés deles ficarem tristes e com saudade, era sempre muito emocionante me maquiar com meu filho brincando, ele se divertindo com os brilhos e lantejoulas que coloco no rosto. Estar um pouco longe gravando me fez ficar ainda mais profundamente próxima, afetuosa, com saudades e curtindo minha família”, comenta.
Ela acredita que o principal diferencial do Canta é o carinho do júri e o respeito: “O que me chama mais atenção e me deixa mais orgulhosa de ter topado é que embora seja um reality show, não é uma competição cruel com os artistas, [o clima] é de muito respeito, admiração pelos cantores que estão ali se expondo e buscando um espaço. Eu estou muito feliz por ser um programa gentil e não focar na disputa, na questão de serem adversários, o que eu vejo é muito mais uma união, alegria e um artista se apresentando para outros artistas, isso me deixa muito orgulhosa, queria que todo reality show fosse assim”, observa.
Com a experiência de quem ensina canto, Bruna tem um conselho aos novos talentos: “Nunca se esqueça do motivo pelo qual canta. Por que é feliz por cantar? Por que escolheu cantar? Ou por que a música o escolheu? E eu acho que se a gente se lembra que existe um motivo interno do nosso coração, nos abalamos menos com a crítica alheia e as dificuldades da carreira, que são muitas nesse país. Eu acho que o reconhecimento é maior que o dinheiro, traz o dinheiro também e tem que trazer, o artista tem que receber pelo seu trabalho, mas a gente não pode ficar triste e duvidar do próprio talento nos momentos em que não tem dinheiro, em que está difícil financeiramente”, diz.
Ela também reforça várias funções e missões que podem fazer um artista feliz. “Hoje, eu sou professora, cantora e atriz, então, às vezes, eu não estou cantando tanto, mas estou ensinando muito e aí estou aprendendo. Ou estou atuando, mas não estou fazendo show e tudo isso me alimenta. Então, acho que o artista pode se alimentar de muitas coisas. Quem é artista tem a música viva dentro de si o tempo todo e precisa alimentar essa parte criativa dentro de si, independente da situação externa”, explica.
Bruna avisa que o público pode esperar grandes surpresas: “Trajetórias impressionantes, muita gentileza entre os competidores e histórias também dos jurados. Há conexões muito bonitas dos jurados com os cantores. No fim, é um grande programa de amor à arte”, finaliza.
O Canta Comigo 3 vai ao ar aos domingos, a partir das 18 horas, na tela da Record TV.