Caso Henry Borel: Monique Medeiros responde em liberdade e sem tornozeleira
Ministro do STJ alega que faltam justificativas legais para manter a mãe do menino presa; entenda
Cidade Alerta|Do R7
O Cidade Alerta acompanhou a saída da prisão da mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, na última segunda (29), no Rio de Janeiro. Ela foi direto para o carro do advogado e não conversou com a imprensa. A acusada vai responder o processo em liberdade após uma decisão do STJ e não precisará fazer uso de tornozeleira eletrônica. Já o ex-vereador Doutor Jairinho continua preso.
O ministro responsável pela decisão diz que faltam justificativas legais para manter a prisão da acusada. Ele considera que estão ausentes alguns fundamentos pertinentes para manutenção da prisão. Além disso, no documento aponta que Monique teria sofrido ameaças de morte e agressões enquanto estava presa.
Os advogados da detenta revelaram que ela não passou por exame de corpo de delito, pois essa prática só seria necessária se existisse violência contra Monique.
A informação que consta no alvará de soltura é de que a acusada iria para a casa da família que fica em Bangu (RJ), porém, ela não apareceu no local. Os advogados de Monique informaram a equipe do Cidade Alerta que aquele endereço era fictício e ela foi para outra residência.
Em abril de 2022, Monique chegou a ser liberada da prisão, sob monitoramento eletrônico, após ter ficado quase um ano detida. Porém, a Justiça determinou que ela voltasse para a cadeia em junho.
Veja a reportagem na íntegra:
Sobre o caso
O crime aconteceu no dia 8 de março de 2021, no apartamento onde o menino morava com a mãe, Monique Medeiros, e o padrasto Jairinho. Henry Borel, de 4 anos, chegou ao hospital com dificuldades para respirar.
No primeiro depoimento, a mãe e o padrasto contaram que o menino estava no quarto quando ambos ouviram um barulho vindo do cômodo da criança. Monique diz que encontrou Henry em parada respiratória.
Monique e Jairinho tiveram a prisão temporária decretada. No início das investigações, eles dividiam o mesmo advogado. Mas, após a prisão, a mãe de Henry decidiu contratar um advogado para ela.
A defesa do acusado alega que Henry teria chegado vivo ao hospital, mas morreu após o procedimento de reanimação — feito pela equipe de emergência. Jairinho apontou a causa do óbito como pneumotórax e, por isso, o coração teria saído do lugar.
Segundo o médico que trabalha no Hospital Barra D’or, no Rio de Janeiro, mesmo local em que o pequeno Henry foi atendido, o garoto já entrou no hospital com sinais de parada cardiorrespiratória há algum tempo — observado tanto pela rigidez na mandíbula quanto pela pupila dilatada, que estava sem movimento mesmo após ser exposta à luz.
O laudo da necropsia ainda apontou lesões compatíveis a atos de violência.
O caso já completou um ano e passa por diversas reviravoltas.
Acompanhe esse e outros casos no Cidade Alerta de segunda a sexta-feira, às 16h45; e aos sábados, às 17h, na tela da Record TV.