"Chega de feminicídio", desabafa pai de mulher encontrada morta na própria cama
Familiares e vizinhos revelam que relacionamento tinha histórico de agressões e violência; entenda o caso
Cidade Alerta|Do R7
O Cidade Alerta acompanha o caso da cozinheira Shirley de Jesus da Silva, de 34 anos, que foi encontrada sem vida na própria cama da casa onde morava no interior de São Paulo. A morte repentina levantou suspeitas da família sobre o então genro, Hélio da Silva, que segundo vizinhos e parentes costumava agredir a mulher com frequência.
Após encontrar Shirley morta, o então companheiro teria enviado um áudio para a cunhada, Daniela de Jesus da Silva. O homem estava aos prantos e dizia que nunca havia feito mal à mulher. Mas, o que chamou a atenção na ligação foi um pedido de desculpas.
Daniela conta que a irmã era vista com hematomas com frequência. Uma vizinha que não quis se identificar reforçou o histórico de violência na rotina do casal: "Ela passou um dia toda ensanguentada e falou que o marido tinha batido nela”.
A mãe de Shirley, Marlene de Jesus da Silva, acompanhou o trabalho dos legistas por um buraco na parede e garante que a filha estava com vários hematomas pelo corpo. "Tinha sangue onde estava a cabeça dela”.
Shirley teria deixado os filhos de 14 anos e 4 com a mãe para viver um romance que a família não aceitava. "A gente não queria isso, mas ela foi tão insistente. Eu pensava que ela não estava bem da cabeça para sair de casa e ficar apanhando como cachorro", revelou Marlene, que estava indignada: "Esse cara matou minha filha e a machucou toda”.
Acuado pelas acusações, Hélio da Silva Lima se defende e garante que nunca bateu na companheira e falou que teria aparecido machucada após exagerar na bebida. No dia do ocorrido, ele não estava em casa, havia saído para ir ao mercado: "Quando cheguei, já estava roxinha”, confidenciou o homem.
A própria filha de Hélio, que não quis se identificar, afirmou que Shirley era agredida por ele. "Eu vivi essa vida dele agredindo a minha mãe, sempre foi covarde. Agora fala para ele bater em homem... Ele é um monstro”, desabafa.
Na família de Shirley, o clima é de revolta. O pai, Edson de Jesus da Silva, se desesperou ao ficar frente a frente com o ex-genro. "Não sei como um infeliz desse vai na cadeia e sai pela porta da frente. Chega de feminícidio no Brasil”, gritou.
O laudo do IML constatou que a mulher teve traumatismo craniano. Hélio chegou a ser ouvido pela polícia, mas foi liberado. A família de Shirley aguarda o fim das investigações.
Assista à reportagem completa:
O Cidade Alerta vai ao ar de segunda a sexta, às 16h30, e aos sábados, 17h, na tela da Record TV.
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