Encontro amoroso termina com cadáver em poço

Homem teria sido assassinado após se relacionar com esposa de um traficante da região

22/11/2023 - 17h08 (Atualizado em 16/02/2024 - 02h07)

O Cidade Alerta acompanha o caso de Felipe Dias Campos, de 20 anos, que saiu de casa para ir a um encontro romântico, mas acabou morto em um poço, localizado em um matagal, em Rondônia.

Felipe saiu de casa para encontrar uns amigos e nunca mais foi visto. Preocupados e sem nenhuma informação, os familiares começaram a divulgar fotos nas redes sociais pedindo ajuda da população.

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Após o registro da ocorrência, policiais da Delegacia de Homicídios de Porto Velho (RO) iniciaram as investigações e conseguiram chegar até um terreno baldio, onde localizaram o corpo. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para retirar o cadáver de dentro do poço e encaminhar para o Instituto Médico Legal.

Os investigadores prenderam o suspeito de ter cometido o crime pouco tempo depois. Ele foi identificado como Carlos Alexandre, de 22 anos. A suspeita é que Felipe teria sido morto após marcar um encontro com uma mulher que era companheira de Carlos.

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O jovem foi para a região aonde o crime aconteceu, mas chegando ao local combinado, Felipe foi abordado pelo suspeito e assassinado. O corpo apresentou diversos ferimentos.

A vítima morava em uma residência a poucos metros de distância de onde o cadáver foi encontrado. Com o suspeito preso, os policiais da Delegacia de Homicídios continuam as investigações.

O Cidade Alerta vai ao ar de segunda a sexta, às 16h50, e aos sábados, 17h, na tela da RECORD.

O Domingo Espetacular trouxe detalhes de caso polêmico dentro de um Fórum Criminal de Cuiabá, no Mato Grosso. A cabeleireira Sylvia Maria Tolentino enfrentou o assassino do filho diante do juiz, mas quem recebeu voz de prisão foi ela. O magistrado chegou a dizer que a mulher deveria ter inteligência emocional. Entenda o caso a seguir

Sylvia teve o filho assassinado em 2016, o rapaz fazia uso de entorpecentes em uma casa abandonada perto da residência da mãe do réu. O suspeito nunca foi preso

As imagens são de uma audiência em setembro deste ano. Ao ser questionada se estaria constrangida em prestar depoimento na presença do réu, Sylvia afirmou que não. "Para mim, ele não é ninguém", disse. O advogado de defesa se pronunciou e pediu respeito

O juiz do caso afirmou que a cabeleireira precisava ter inteligência emocional. A promotora saiu em defesa da mãe e tentou prosseguir, mas foi interrompida pelo magistrado

Exaltado, o magistrado decidiu encerrar a audiência. Sylvia se levantou, jogou o copo de água na parede e foi em direção ao réu. "Bati a mão na mesa e falei para ele 'você pode até não pagar na lei da terra, porque eu não acredito na Justiça da terra, mas na de Deus eu acredito, você vai pagar'", contou. Em seguida, a cabeleireira recebeu voz de prisão do juiz por desacato

A audiência terminou por volta das 17h. Detida, Sylvia foi levada para outra sala no Fórum de Cuiabá (MT), onde aguardou por mais de quatro horas até que o juiz publicasse a ata da audiência. Quando o fórum já estava fechando, a cabeleireira foi levada à delegacia, sem algemas, mas em uma viatura da polícia na presença do delegado plantonista. A mulher prestou depoimento, mas, como não havia denúncia, acabou sendo liberada

Ao relembrar o jeito como foi tratada, a cabeleireira se emocionou. "Fui humilhada, porque eu não imaginei que isso ia acontecer. Eu fui para ser ouvida, meu filho morreu e o homem estava ali, saudável, vivendo, rindo da minha cara", lamentou Sylvia.

O juiz Wladymir Perry atua na 12ª vara criminal de Cuiabá. Ele alegou que deu voz de prisão à mãe porque ela danificou o patrimônio público. A Promotoria de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso entrou com pedido de afastamento do magistrado do processo

Após o constrangimento, Sylvia foi acolhida por uma associação de familiares vítimas de violência, mães que também sofrem com decisões tomadas pelo juiz Wladymir

Como Rosineia Guimarães, advogada, que perdeu os dois filhos atropelados por um motorista bêbado há 15 anos. Ela não se conformou com a sentença dada pelo magistrado. Ele condenou o assassino em apenas 7 anos e 7 meses de prisão

Outra decisão considerada polêmica aconteceu no caso da morte do verdureiro Francisco Lúcio Maia, de 48 anos, atropelado por uma motorista bêbada em 2018. O Domingo Espetacular contou essa história há dois anos, quando a família da vítima ainda aguardava pelo julgamento. Este ano, o juiz Perry negou que o caso fosse a júri popular. "Ela estava a 102 km/h, tem vídeo dela segurando um copo, ela fugiu do local, além de depoimentos dos policiais. Nada disso foi suficiente para o juiz", relatou Francinilda da Silva.

Quem estava ao volante era a médica Letícia Bortolini. A dermatologista foi indiciada por homicídio, omissão de socorro e embriaguez. Na época, chegou a ser presa, mas foi solta dois dias depois

Outra situação semelhante envolveu a bióloga e professora Rafaela Ribeiro, acusada de atropelar três jovens na frente de uma casa noturna, em 2018. Acusada pelo Ministério Público de dirigir embriagada e em alta velocidade, ela foi absolvida na sentença

Duas das vítimas morreram, mas o juiz alegou que eles assumiram o risco a usarem a via pública. No começo deste ano, a Justiça concedeu a bióloga o direito de dirigir novamente, permissão dada pelo próprio juiz. Ramon Viveiros, de 25 anos, foi uma das vítimas e era filho de um procurador aposentado. Segundo o Ministério Público, Wladymir se utilizou do cargo para se vingar do pai do jovem, com quem teve desavenças no passado

A corregedoria de Justiça de Mato Grosso abriu uma reclamação disciplinar para apurar a conduta do magistrado. O corregedor considerou que o juiz não zelou pela integridade da mãe, não reduziu os danos da depoente e potencializou suas feridas. Além disso, disse que ele agiu de forma truculenta com a promotora durante a audiência

O juiz Wladymir Perry não quis gravar entrevista. Em nota, disse que atua conforme o rito da Constituição e segue a legislação. No caso da audiência, afirmou que a prisão ocorreu após a testemunha jogar o copo de água na parede e proferir palavras de ameaç

Sylvia, Rosineia e Francinilda, além de conviver com a dor da perda pela violência, sabem que precisam unir forças para seguir em frente e alcançar a justiça.

O Domingo Espetacular vai ao ar todos os finais de semana, às 19h45, na tela da RECORD.

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