Mãe lamenta assassinato do filho autista pelo próprio pai: ‘Criança incrível’
A suspeita é que a motivação do crime tenha sido ciúmes do noivo da mãe do garoto
Cidade Alerta|Do R7

O Cidade Alerta repercutiu o caso do Arthur, menino autista não-verbal e deficiente visual de 11 anos, assassinado pelo pai na Paraíba.
Arthur era uma criança especial, criada pela mãe e pelo noivo dela desde que o pai, Davi, se mudou para Florianópolis (SC) há dois anos. Autista e com deficiência visual, o garoto de 11 anos exigia atenção e cuidados constantes da família. Davi, no entanto, mantinha pouco contato com o filho e raramente demonstrava interesse em participar da rotina da criança.
Motivado por ciúmes do novo relacionamento de Aline, mãe de Arthur, o homem viajou até a Paraíba com a justificativa de querer se reaproximar do menino, uma aproximação que terminaria de forma trágica.
A relação entre pai e filho nunca foi próxima. Na semana do crime, Davi procurou Aline afirmando que gostaria de passar alguns dias com Arthur, sob o pretexto de apresentá-lo à família paterna. A mãe, que vinha se comunicando com o ex, acabou concordando.
Segundo Aline, o ex-companheiro demonstrava tranquilidade e parecia empenhado em cuidar do menino. “A gente conversou, eu sentei com ele, expliquei tudo sobre o Arthur, como ele comia, os horários, o fonezinho abafador que usava por ser autista. Deixei tudo organizado”, contou.
O voo para Santa Catarina estava marcado para o sábado, ao meio-dia. No entanto, a viagem nunca aconteceu. Davi sumiu com Arthur, sem dar satisfação para a genitora. Quando questionado por Aline, confessou o crime: havia matado e enterrado o menino.
O corpo da criança foi encontrado em uma empresa abandonada em João Pessoa (PB), em uma cova rasa. De acordo com a perícia, o corpo estava dentro de um saco plástico, sem roupas, e apresentava sinais de asfixia. A estimativa é de que Arthur tenha sido morto entre 24 e 48 horas antes de ser localizado.
O pai foi preso e deve responder por homicídio qualificado. A polícia investiga se o crime foi premeditado e o que teria motivado a ação. Segundo familiares, o homem não via o filho há cerca de dois anos e mantinha apenas contatos esporádicos por telefone.
Abalada, a mãe de Arthur lamentou a perda. “Ele foi uma criança incrível. Nasceu de cinco meses, com 800 gramas, e a gente batalhou a vida toda por ele. O que aconteceu agora só cabe à Justiça”, disse.
O Cidade Alerta vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h30, e aos sábados, às 17h e às 21h, na tela da RECORD.
Assista à reportagem completa:
