Veja tudo o que se sabe sobre a menina que sofreu abuso após ser abandonada por motorista de aplicativo na rua
Garota de 12 anos havia saído para encontrar um amigo virtual, mas mudou de ideia no meio do caminho; veja detalhes sobre caso que aconteceu na zona norte de SP

O Cidade Alerta mostrou o caso de uma menina de 12 anos que sofreu abuso após ser abandonada por um motorista de aplicativo no meio da rua em São Paulo (SP). A garota saiu escondida da casa dos pais na zona norte da capital paulista para encontrar com um amigo virtual, mas mudou de ideia na metade do caminho após perceber a chegada de um temporal.
Com sentido para Sorocaba, no interior do estado, o custo da corrida girava em torno de R$ 60. Mas, ao pedir para retornar para casa, o motorista recalculou a rota da viagem e anunciou que o novo valor seria R$ 120.
Os cartões dos pais dela não funcionavam. Desesperada, ela pediu Pix a amigos e até mesmo ao homem que havia solicitado a corrida a quem estava indo encontrar no interior. No entanto, não houve resposta.
Em áudios obtidos durante a corrida é possível ouvir o motorista aos gritos afirmando: “Eu duvido que você seja menor de idade! Não é possível. Um monte de cartão [no aplicativo]”. E mesmo em meio a súplicas da garota, que apenas pedia para que fosse levada para casa, o homem continuava a esbravejar: “Não vai me comover, não vai!”.
Além de abandoná-la na rua, o motorista também ficou com o celular como garantia pelo pagamento pela corrida. Deixada sozinha no meio da rua, a garota se desesperou e correu por ajuda.
Rapidamente um homem apareceu e lhe ofereceu apoio. Rômulo Henrique, de 29 anos, pediu para que ela o acompanhasse até sua casa. As câmeras de segurança mostraram os dois andando na rua.
Desesperados com o sumiço, os pais da jovem divulgaram os vídeos dela andando na rua e sendo abordada pelo homem. Os vizinhos o identificaram e a polícia foi acionada. Quando as autoridades chegaram a casa dele, ela estava lá e revelou que foi abusada pelo estranho.
Com os detalhes dados pela menina e a confirmação do abuso em um exame médico, Rômulo foi preso. Na saída da delegacia, quando confrontado, o acusado tentou justificar: “Ela falou para mim que ia ficar maior [de idade] agora. Eu estou sendo injustiçado”.
Conforme previsto na lei, Rômulo Henrique será julgado por estupro de vulnerável.
Diante de todos os absurdos, Luana, a mãe da vítima, ainda não se conforma com o fato da mãe de Rômulo estar em casa na hora do ocorrido e supostamente não ter feito nada: “Ela é mãe, como aceita o filho chegar com uma pessoa estranha em casa e não faz nada?”.
Ela exige, também, que o motorista de aplicativo seja responsabilizado: “Deveria ter deixado a minha filha no meu imóvel, poderia ter acionado a polícia, mas não. A deixou vulnerável, jogada. Tomou o celular dela, a fez descer do carro e a deixou a todos os riscos possíveis”, afirmou.
Procurado pela reportagem, o motorista não quis falar. Os vizinhos alegam, que não há movimento na residência há alguns dias. Por telefone, também não houve resposta. “Na delegacia, ele falou que não tem o que temer”, alegou a mãe da garota.
No dia do desaparecimento da menina, o motorista prestou depoimento e a polícia ainda analisa juridicamente o que pode ser feito em relação ao seu comportamento. Em breve, ele será convocado novamente para depôr.
Quando questionada sobre o estado da filha, a mãe respondeu: “Ela está desorientada, não sabe o que fala, acabou de completar 12 anos, é uma criança. Eu achei que ela ia ser encontrada e que ela ia estar bem, mas não está”.
Confira a reportagem:
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