‘Pensei que ia morrer’, diz passageira que vivenciou forte turbulência durante voo para Montevidéu
As rajadas de ventos com frequência preocupam todos ao redor do mundo; entenda
Domingo Espetacular|Do R7
O Domingo Espetacular trouxe com detalhes os casos recentes de voos com fortes turbulências. Uma aeronave, com 325 passageiros, partiu de Madri, na Espanha, com destino a Montevidéu, no Uruguai, mas precisou fazer um pouso de emergência em Natal (RN).
Durante o voo, 40 pessoas ficaram feridas, quatro ficaram na UTI e uma pessoa foi parar no bagageiro do avião. Mas, mesmo com os frequentes casos de turbulência, a viagem de avião é segura, e não deve causar pânico nos passageiros.
Leia também:
Segundo os passageiros, o avião, de uma empresa espanhola, desceu bruscamente por, aproximadamente, 150 metros. Eles tiveram a sensação de queda livre e quem estava sem cinto foi arremessado para o alto. “Eu pensei que ia morrer”, desabafa uma passageira.
Segundo o piloto Augusto Oliveira, quando o avião sente uma pressão atmosférica, o próprio sistema tenta entrar em equilíbrio e isso ocasiona ventos e alterações na corrente de ar.
“É importante destacar que a aviação é segura. São técnicas e procedimentos seguros, e que realmente não derrubam avião, mas realmente geram esse pânico, esse pavor nas pessoas”, diz Maxwell de Souza, tenente da Defesa Civil.
Pesquisadores de vários países acreditam que as mudanças climáticas estão influenciando na fortes turbulências, especialmente as emissões elevadas de gás carbônico que afetam as correntes de ar.
No Brasil, tivemos alguns exemplos dessa mudança. As chuvas intensas e as enchentes do Rio Grande do Sul. O Pantanal, com número recorde de queimadas e rajadas de vento em São Paulo que derrubaram quase cinco mil árvores em todo o estado.
“A mudança climática é uma realidade, e isso pode, de alguma forma, se converter também para as turbulências de modo geral”.
A equipe do Domingo Espetacular fez uma simulação em um avião pequeno e leve, os quais são mais suscetíveis as pertubações atmosféricas. “Já fica bem mais difícil controlar a aeronave, se observar do painel as variações de velocidade e atitude, são bem anormais comparados ao de um voo que seria normal”.
“Se ocorrer de um piloto entrar em uma área onde ele não tem tempo de ligar os sinais de atar os cintos, ou a tripulação informar os passageiros de colocarem os cintos, ele [o cinto] vai te manter na cadeira. Os efeitos que vão ser causados após entrar em numa área de turbulência dessa natureza, são inéditos”, explica Augusto.
Segundo especialistas, mesmo com as frequências dos ventos fortes e turbulências, os passageiros não devem se preocupar, pois eles são projetados para resistir a condições adversas, que raramente causam danos estruturais a aeronave.
Confira na íntegra:
O Domingo Espetacular vai ao ar todo final de semana, a partir das 19h45, na tela da RECORD.