Veja tudo o que se sabe sobre o fazendeiro acusado de mandar matar a ex-amante

Em uma reportagem exclusiva do Domingo Espetacular, Roberto Cabrini foi até o município de Santa Cruz, interior de Goiás (GO), para entender mais detalhes sobre o caso que envolve o fazendeiro Jucelino Pinto da Fonseca, de 63 anos, e sua ex-amante, Lilian de Oliveira, de 40. O empresário é acusado de ser o mandante do assassinato da mulher, e segundo depoimentos do caso, ele teria contratado Ronaldo Rodrigues Ferreira e Cleonice de Fátima Ferreira para cometer o crime.

Jucelino contou que conheceu Lilian por causa da venda de uma chácara, e a partir desse encontro, iniciaram uma relação extraconjugal, que segundo ele, durou cerca de cinco meses. O tempo foi suficiente para a mulher engravidar e começar uma história repleta de mistérios.

A irmã da vítima revelou que a gravidez não planejada poderia atrapalhar a relação do fazendeiro com seus parentes: “Ele falou que se a família descobrisse mais uma traição, não iriam o perdoar”. O acusado negou a versão, e contou que no momento em que Lilian falou que estava grávida, ele assumiu para suas filhas e esposa.

Além de não aceitar o fato de sua amante estar a espera de um filho, a outa irmã da vítima relatou que Jucelino teria chamado Lilian para tomar uma taça de vinho, pois ele havia colocado um abortivo na bebida. O fazendeiro também negou as declarações da familiar e afirmou que jamais faria isso com a mulher.

Apesar das supostas tentativas de interromper a vida da criança, a bebê nasceu e Lilian teve a ajuda de Cleonice para cuidar e criar a garota. A investigação aponta a babá como uma das envolvidas no crime, pois ela foi teria monitorado os passos da vítima, e avisado ao Jucelino.

Meses antes de desaparecer, Lilian conhece e se envolve com um colombiano, e chega até viajar para o país do novo parceiro. Cleonice quem foi a responsável por comprar as passagens, com a ajuda financeira de Jucelino, sabendo o seu horário de ida e volta ao aeroporto.

Quando volta para o Brasil, após quatro meses fora, Lilian desembarca e some sem deixar rastros. Segundo relatório da investigação, Cleonice teria avisado a mulher que um motorista a buscaria. Mas, o condutor do veículo, na verdade, era Ronaldo Rodrigues, que confessou o assassinato da vítima. Em depoimento, o homem revelou que Jucelino seria o mandante do crime.

No entanto, a cada interrogatório, as versões do autor do crime mudam, o que dificulta ainda mais a resolução do caso. Ronaldo alegou que seus depoimentos foram feitos sob torturas físicas. A primeira vez que falou sobre o assassinato, disse que matou a mulher e jogou o corpo em um rio. Na segunda versão, contou que combinou com Jucelino que iria se livrar do corpo na caldeira de laticínio. Já no terceiro depoimento, contou que desistiu de assassinar Lilian e afirmou que o fazendeiro que a matou.

O empresário, ao prestar depoimento, assumiu que planejou o caso e contratou Ronaldo para assassinar a mulher. Porém, ele alegou que falar e assinar essa versão do caso, porque sofria tortura dos agentes. A polícia, por sua vez, contestou a acusação dos possíveis criminosos e encaminhou para a corregedoria da Polícia Civil. A conclusão foi de que não houve a conduta alegada pelos suspeitos do assassinato.

Próximo ao dia do julgamento de Jucelino, sua filha contou sobre o seu sentimento: “É uma angústia muito grande. Saber que vai ser julgado e vai definir a vida dele, e que uma pessoa inocente pode ser condenada por algo que ele não fez”.

Já a família de Lilian, pede por justiça e por uma resolução do caso. “Qualquer coisa que eu precisasse fazer para minha filha voltar, eu começaria agora, mas tudo o que eu fizer, ela não vai voltar mais”, desabafou o pai de vítima.

Assista ao vídeo:

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