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Domingo Espetacular

Gravuras de Matisse e Portinari são roubadas em biblioteca de SP; entenda o crime

As obras faziam parte da exposição “Do Livro ao Museu: MAM São Paulo e Biblioteca Mário de Andrade”, que encerraria justamente no dia do crime

Domingo Espetacular|Do R7

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Por volta das 10h do dia 7 de dezembro de 2025, dois homens entraram pela porta principal da Biblioteca Mário de Andrade, renderam a vigilante e roubaram gravuras do pintor francês Henri Matisse e do artista plástico brasileiro Cândido Portinari. As obras faziam parte da exposição “Do Livro ao Museu: MAM São Paulo e Biblioteca Mário de Andrade”, que encerraria justamente no dia do crime. 


Para o secretário de Cultura, Totó Parente (MDB), não houve falha nos protocolos. Ele explicou que o complexo contava com 84 profissionais de segurança privada, 24 câmeras, uma viatura, um posto policial ao lado e seguro contratado com uma das maiores seguradoras do país. “Pouca coisa poderia ser feita, porque eles estavam armados; e a segurança é desarmada”, disse ele. 

Apesar da ação da Polícia Militar, os ladrões não foram localizados. Câmeras da prefeitura registraram os dois homens fugindo em uma minivan azul, carregando as gravuras roubadas. Uma testemunha, que estava em um bar próximo, relatou ter ficado frente a frente com um dos suspeitos, identificado como Felipe dos Santos, que já foi preso. O segundo suspeito, Gabriel Pereira Rodrigues de Mello, segue foragido e possui histórico de sete prisões anteriores por roubo. 

Totó Parente suspeita que o crime tenha sido premeditado, aproveitando o último dia da exposição e o menor movimento de pessoas. As gravuras estavam em uma sala do térreo sem câmeras, que ficou vazia após o encerramento. 

A Interpol já recebeu fotos das obras roubadas, que passarão a integrar a lista internacional de obras de arte furtadas, equivalente à “lista vermelha” de criminosos procurados. Especialistas estimam o valor das gravuras entre R$ 1 milhão e R$ 4 milhões, embora o colecionador André Rosa considere essas cifras superestimadas. 

Segundo ele, gravuras do Matisse podem custar cerca de 250 euros cada (cerca de R$ 1.585), enquanto obras de Portinari podem chegar a R$ 15 mil dependendo de estado e série. Por conta desses valores, ilustrações como as levadas dificilmente entram no mercado paralelo. 

O historiador Fabricio Reiner alerta, no entanto, que o roubo não deve ser subestimado. Ele afirma que quadrilhas já atuaram dentro de instituições brasileiras para enviar obras ao exterior, e que medidas de segurança mais rígidas poderiam ter impedido o crime, mesmo com os protocolos atuais da Secretaria de Cultura.

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