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Médica planeja assassinato e revela obsessão doentia por ser mãe de uma menina

Investigação revela obsessão por ser mãe de menina como motivação para os crimes

Domingo Espetacular|Do R7

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A obsessão por ser mãe de uma menina levou a médica Cláudia Soares Alves a planejar o assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Derani. Cláudia, que já é mãe de um menino, também tentou sequestrar a bebê de outra mulher, em Uberlândia (MG). A neurologista, de 42 anos, foi presa em casa, no interior de Minas Gerais, após a Polícia concluir que ela mandou matar Renata em 2020. O crime chocou a cidade: a farmacêutica, de 38 anos, foi surpreendida por um atirador na porta do trabalho e morreu na hora. Segundo as investigações, Cláudia escreveu uma carta falsa — usando a mão esquerda — para tentar enganar a polícia e culpar uma ex-namorada da vítima.

Além da médica, foram presos um vizinho, Paulo Roberto Gomes da Silva, suspeito de executar o crime, e o filho dele, que colaborou com a apuração. “O executor acreditou que fazia justiça, porque ela disse que a vítima havia estuprado sua filha”, explicou o delegado Eduardo Leal. A motivação real, porém, seria o desejo da médica de ficar com a filha do ex-marido de Renata, com quem ela chegou a se casar.

A mesma mulher havia sido flagrada, em 2024, saindo de um hospital com uma recém-nascida escondida em uma mochila. Disfarçada de pediatra, sequestrou o bebê três horas após o parto, mas foi presa em Goiás doze horas depois. “Deus devolveu a nossa filha sem nenhum arranhão”, disse a mãe da criança, emocionada. Mesmo após o sequestro, Cláudia chegou a ser liberada para prisão domiciliar — o que gerou revolta nas famílias das vítimas. Agora, voltou ao cárcere pela suspeita de homicídio qualificado.

Na casa dela, a polícia encontrou um quarto rosa decorado com temas infantis e uma boneca realista em um berço. “Ela pretendia retomar a qualquer custo o sonho de ter uma menina”, afirmou o delegado. Para a psicóloga judicial Denise Gomes, trata-se de “uma mente desequilibrada”, com traços de transtorno de personalidade e obsessão por posse. Em uma rede social, a médica chegou a debochar da investigação com a frase: “Crimes perfeitos não deixam suspeitos.”

Os processos correm em segredo de justiça. Enquanto isso, as duas famílias — a da bebê sequestrada e a de Renata — seguem buscando justiça e tentando reconstruir a vida após a violência. “Ela se escondeu atrás do jaleco e do status da profissão”, resume a irmã de Renata.



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