Motoristas de aplicativo enfrentam jornadas longas e crescente onda de violência

O Domingo Espetacular mostra agora o perigo que é a rotina dos motoristas de aplicativo. Uma longa jornada de trabalho marcada por episódios de violência como assaltos, sequestros, agressões e até discussões com passageiros. Nossos repórteres acompanharam o dia a dia desses profissionais em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia, revelando relatos e imagens impressionantes.

“É uma incerteza, a gente sai e não sabe se volta”, desabafa um motorista. Outro recorda o momento em que teve “a arma na nuca” e levou coronhadas durante um assalto. São histórias que mostram como dirigir por aplicativo se tornou uma atividade de risco no Brasil.

O programa destaca casos como o de Geraldo, de São Paulo, que reagiu a uma tentativa de assalto e foi baleado; e o de Adriano, que trabalha até 15 horas por dia para compensar os altos custos de combustível e manutenção. Em Goiânia, câmeras registraram cenas de violência e brigas entre motoristas e passageiros.

No Rio de Janeiro, a situação é ainda mais grave: segundo o Instituto Fogo Cruzado, dezessete motoristas foram baleados este ano, um aumento de 70% em relação a 2024. “No Rio, é o local mais perigoso que se tem pra ser motorista de aplicativo”, afirma Leo, profissional que desenvolveu um app para alertar colegas sobre áreas de risco.

Sem estatísticas oficiais e com o que sindicatos chamam de “apagão de dados”, a categoria tenta sobreviver entre o medo e a necessidade de sustento. “Pra sobreviver em qualquer situação, a gente precisa encarar”, resume um dos entrevistados — um retrato duro de uma profissão que, embora essencial, se tornou perigosa demais.



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