Onda de casos de adulteração de bebidas preocupa médicos e autoridades em São Paulo

Uma onda de casos de adulteração de bebidas preocupa médicos e autoridades em São Paulo. Ao menos seis casos de contaminação por metanol, uma substância altamente tóxica, já foram confirmados. Duas pessoas morreram. No bar ou na balada, quem pede um drink não imagina que pode colocar a vida em risco. 

Para Radharani Dosi Domingos, uma empresária de 44 anos, uma noitada recente foi o início de um pesadelo. Internada na unidade de terapia intensiva de um hospital particular de São Paulo, a mulher está completamente cega. Segundo a família da empresária, ela começou a passar mal depois de ter ido a um bar comemorar o aniversário de uma amiga, no ultimo dia 19, em São Paulo. Ela contou que, no local, tomou três batidas de frutas à base de vodka. Horas depois, já começaram os primeiros sintomas. 

Ontem, a Secretaria Estadual da Saúde confirmou duas mortes por ingestão de bebidas adulteradas - uma no ABC paulista e outra na capital paulista. 

Ao menos seis casos já foram identificados oficialmente, e outros dez estão sob investigação. As últimas apreensões mostram que bebidas como gin, whisky, vodca e até cerveja são falsificadas por criminosos.  

O Ministério da Justiça emitiu uma recomendação para que estabelecimentos que comercializam bebidas alcóolicas adotem medidas seguras de compra, verificando de forma rigorosa os produtos. Em caso de contaminação, cada hora conta. Assim que metanol entra em contato com o organismo, passa a ser metabolizado, aumentando os prejuízos à saúde. 

Especialistas contam que o consumidor não consegue identificar a adulteração no momento da compra, se a bebida for servida direto na mesa, em copos. As destiladas são as mais vulneráveis à falsificação. Por isso, recomendam o consumo de produtos com rótulo, lacre e selo fiscal - de fabricantes legalizados.