Sequestro no Rodoanel: motorista de caminhão revela detalhes do dia de terror
Uma manhã de tensão em São Paulo marcou a vida do caminhoneiro Dener Laurito dos Santos no último dia 12 de novembro
Domingo Espetacular|Do R7
Uma manhã de tensão em São Paulo marcou a vida do caminhoneiro Dener Laurito dos Santos, de 52 anos. O homem passou várias horas dentro da cabine de seu caminhão acreditando que havia uma bomba amarrada em sua perna.
Do lado de fora, o esquadrão antibombas acompanhava a situação enquanto quilômetros de engarrafamento se formavam. Segundo a polícia, um caso complexo, com muitas perguntas ainda sem respostas.
O caminhoneiro relatou momentos de pavor e desespero. Ele estava preso pelo pescoço e com um objeto na perna que acreditava ser explosivo. Durante cerca de quatro horas, permaneceu imóvel, tentando sobreviver à situação. O motorista estava em viagem desde 12 de outubro, saindo de Quatro Barras, no Paraná, com uma carga de explosivos destinada ao Peru. Retornava para casa quando, na última quarta-feira, 12 de novembro, foi abordado por assaltantes em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo.
Segundo relatos, uma caminhonete se aproximou e um homem atirou uma pedra contra o para-brisa do caminhão. Pouco depois, três criminosos subiram na cabine, amarraram Dener e o mantiveram sob ameaça. Eles exigiram que o caminhoneiro ligasse para a empresa, com a intenção de sequestrar outro funcionário e roubar a carga. Durante a ação, houve luta corporal, e Dener sofreu diversos ferimentos, incluindo chutes e socos.
O Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) foi acionado junto ao batalhão antibombas. Após o resgate do caminhoneiro, foi constatado que o suposto artefato explosivo era, na verdade, uma bomba falsa feita com um galão de água, tubos de spray, fiação e papel alumínio.
Dener trabalha há 20 anos na estrada e relatou já ter presenciado outras situações de violência, incluindo assaltos e ataques a veículos. Apesar da rotina exaustiva, garantiu nunca ter usado drogas ou rebite.
A polícia segue investigando o caso, incluindo exames toxicológicos e laudos periciais para identificar possíveis digitais no caminhão. Enquanto isso, a família de Dener tenta se recuperar do susto.
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