Especialista alerta sobre casos de envenenamento infantil e explica ação de antídoto
Alane Gabriele, de 3 anos, morreu após consumir pedaços de bolo com chumbinho para ratos na casa dos avós
Fala Brasil|R7

O Fala Brasil trouxe o caso de Alana Gabriele, de 3 anos, que morreu após ingerir acidentalmente o veneno conhecido como chumbinho, enquanto estava sob os cuidados dos avós em uma adega na cidade de São Paulo. Os responsáveis pela menina haviam espalhado pedaços de bolo com o inseticida pelo estabelecimento para combater ratos. No entanto, quem acabou consumindo o veneno foi a neta.
Devido à presença de inseticidas e produtos de limpeza em casa, os riscos de intoxicação por parte dos pequenos é alta. Com os casos de envenenamento infantil aumentando recentemente, a situação gerou um alerta para quem vive com crianças.
O chumbinho é uma substância granulada de coloração cinza grafite, e é composto por agrotóxicos perigosos. Tanto a venda quanto a compra no Brasil são consideradas ilegais, devido ao alto risco à saúde. “O produto não tem nenhum tipo de indicação, é muito prejudicial e perigoso, principalmente para as crianças”, afirmou a toxicologista Silvia Gazenave.
Este não foi o primeiro caso registrado recentemente de intoxicação infantil por conta da ingestão de alguma substância indevida. Além de veneno, também são recorrentes os incidentes com soda cáustica e cândida. Muitas vezes, estes produtos são armazenados dentro de garrafas pets, e sua coloração chama a atenção dos mais novos, que acabam por confundi-los com alguma bebida.
Entre os sintomas de intoxicação, estão a diarreia, salivação excessiva e suor, dores abdominais e vômitos. Para os especialistas, a regra é clara: buscar ajuda imediatamente. Em muitas situações, é possível reverter os sintomas com administração de remédios. No caso de Alane e o chumbinho, Silvia declarou: “Existe um antídoto para isso, a tropina, mas a pessoa precisa ser atendida rapidamente”.
Atualmente, a polícia investiga o caso e os avós da criança podem responder por homicídio culposo (sem intenção de matar).
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