Três crianças de 1 a 4 anos morrem afogadas no Brasil; veja como proteger seu filho
Pouco tempo sem respirar debaixo da água pode ser o suficiente para causar uma parada cardíaca e deixar sequelas irreversíveis no corpo
Hoje em Dia|Do R7

O Hoje em Dia mostrou que acidentes domésticos graves envolvendo crianças são mais comuns do que se imagina. Mas, é possível evitar e até reverter com primeiros socorros adequados.
Um dos maiores pesadelos de quem é responsável por um menor é presenciar um engasgo, e a influenciadora Clara Maia passou por isso não uma, mas duas vezes. Nas redes, ela divulgou um vídeo de uma câmera de segurança que flagrou o momento exato onde um de seus filhos se sufoca com a comida. No momento do desespero, ela agiu rápido e efetuou a “manobra de desengasgue” para salvar a criança.
Porém, está não havia sido a primeira vez que a influenciadora se via de frente com essa situação. Em 2024, quando seus filhos ainda eram recém-nascidos, um deles também se engasgou com o leite, e foi salvo graças ao procedimento feito por ela.
A manobra
Esta técnica consiste na ação de posicionar o bebê com cuidado no antebraço e efetuar tapinhas em suas costas, entre os ombros, com intuito de expelir o que estiver preso em sua garganta. Além dela, existe também a descompressão torácica, utilizada apenas em casos onde o bebê não desengasga de primeira, e acaba desfalecendo na mão dos responsáveis.
Ambas as técnicas foram ensinadas pela tenente PM Olivia Perrone em um vídeo enviado à reportagem da RECORD (veja abaixo). No registro, a profissional utiliza um boneco para demonstrar a maneira de administrar as manobras nos pequenos.
Aline Piedade, médica pediatra, indica que para não ocorrer engasgos, é importante que a criança aprenda que comer é sempre na mesa. Segundo ela, é crucial que a refeição seja feita sempre em uma superfície plana, pois se a criança cai ou corre com algo na boca, existem possibilidades de ocorrer uma fratura, ou até mesmo que engasgue.
Sufocamento
Morte por sufocamento é uma das maiores causas de óbito infantil. Estatisticamente, morrem todos os dias no Brasil, três crianças de 1 a 4 anos afogadas. Normalmente, se imagina que estes acidentes ocorram apenas no mar ou em piscinas. Porém, a pediatra frisa que também pode acontecer dentro de casa.
“Um balde de água, um tanque cheio, uma travessa com água, às vezes o bebê está ali, coloca o rostinho e não consegue sair”, esclareceu.
Jean Paulo Nagel sabe muito bem qual é a sensação de ver o filho se afogando. Aos 4 anos, Heitor ficou submerso em uma piscina por, aproximadamente, dez minutos enquanto ele e a esposa estavam dentro de casa. “Devastador, sabe? Foi um terror total e absoluto”, desabafou.
Após o socorro, o garoto ficou entubado e sobreviveu sem sequelas, mas os momentos de agonia vividos pela família jamais serão esquecidos. Suzana Borges, mãe de Heitor, relembra o sufoco: “O médico falou que se ele não acordasse em 72 horas, ele declararia morte cerebral”. A melhora do garoto ocorreu de forma rápida, para a alegria da família. No entanto, este não é o caso de muitas outras.
Pouco tempo sem respirar debaixo da água pode ser o suficiente para causar uma parada cardíaca e deixar sequelas irreversíveis no corpo. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda como uso imprescindível as boias de braço em crianças, tanto no mar, quanto na piscina.
“A gente esquece, mas é importante ter no celular anotado o número do SAMU (190) e do Corpo de Bombeiros (193)”, recomenda a pediatra. Ela explica que em caso de acidentes, o socorro oferece um suporte ao telefone. Assim, são recebidas instruções para auxiliar em cada caso enquanto os profissionais se dirigem para o local do acidente.
Confira a reportagem completa:
O Hoje em Dia vai ao ar de segunda a sexta, às 10h na RECORD.