Centro do windsurfe corre risco de ser demolido após decisão judicial
Atletas olímpicos e medalhista pan-americano estão em campanha para manter guarderia localizada na praia do Pepê, na zona oeste do Rio
Pan Lima 2019|Gabriel Croquer, do R7*
Em meio aos Jogos Pan-Americanos Lima 2019, uma ação popular pode decretar a demolição da estrutura onde funciona a ABWS (Associação Brasileira de Windsurfe), localizada na praia do Pepê, na zona oeste do Rio de Janeiro. A decisão judicial proferida em maio deste ano prevê a demolição do local até 15 de agosto, de acordo com a própria associação.
A guarderia, como é conhecido o lugar, é considerado um dos centros da vela e do windsurfe no Brasil, tombado provisoriamente em 2016 pelo decreto municipal de número 41.626. Naquela oportunidade, o texto falava em "relação intrínseca da cidade do Rio de Janeiro e de seus habitantes com o esporte olímpico windsurfe, praticado desde o final dos anos 1970". Grandes nomes do meio esportivo, já pediram auxílio das autoridades para resolver a questão.
A sede foi construída sobre a praia, que pertence à União. Contudo, a gestão do terreno compete à Prefeitura, em convênio com a SPU (Secretaria de Patrimônio da União). Em contato com o R7, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Cidade disse promete "harmonizar a situação".
"A Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Cidade esclarece que adotará providências no sentido de atender às medidas necessárias para cumprir a decisão judicial e avaliar junto à Procuradoria Geral do Município se existem novos elementos que podem harmonizar a situação, levando à avaliação do Comitê de Qualificação Ambiental da orla Marítima. O Comitê foi reativado pela resolução SMAC em 1/08/2019, que começou a vigorar hoje (7/8)".
Associação diz já ter soluções
Para o presidente da ABSW, Augusto Brito, independentemente do 'dono do terreno', o problema pode ser facilmente resolvido. Ele contou que um projeto semelhante ao que foi planejado pela associação nacional em 2014 poderia ser construído agora, por iniciativa e verbas da própria entidade que dirige.
Há cinco anos, a ABWS, com apoio da ACW (Associação Carioca de Windsurfe), que geria o local na época, planejou inaugurar com apoio federal um CT no mesmo local. A estrutura se adequaria às exigências da ação popular. Porém, o plano não foi para frente. Ainda de acordo com Brito, este outro projeto que já foi apresentado há cerca de um ano seria mais simples, como quiosques de praia.
Processo embolado
Em 1997, uma ação popular já havia pedido a retirada da estrutura inicial, fundada cerca de um ano antes. Em 2001, a Prefeitura sancionou a Lei 3.250 que autorizou a criação do centro de windsurfe aproveitando as instalações já existentes.
Às vésperas da Rio 2016, o tombamento provisório do local garantiu mais tempo à ACW (Associação Carioca de Windsurfe), que ocupava o lugar, depois que da ação ter o trânsito em julgado quatro ano antes, determinando a demolição, como contou Brito.
Com a estrutura tombada e a expectativa da associação de fechar o projeto para a criação de um centro no mesmo ponto que readequaria a estrutura, a ABWS teve sua sede fixada no mesmo ponto por onde a ACW funcionava: a cidade do Rio de Janeiro. O local então passou a ter ainda mais importância para o esporte.
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Consequências da demolição
Entre os efeitos da demolição do local, o presidente da associação pontuou a importância que o centro na praia do Pepê teve e tem para a formação de atletas.
"O centro nervoso do windsurfe no Brasil é ali na guarderia, tudo acontece ali. Aquilo é um pico histórico. É como se acabasse o Maracanã. Acaba o esporte na cidade, e os principais atletas não vão ter onde treinar", disse.
Para exemplificar, ele citou diversos atletas de ponta da vela, campeões olímpicos e pan-americanos, que já se manifestaram quanto à importância do local, pedindo para que não fosse demolido. Até agora, Torben Grael, Ricardo Winick, o Bimba, e Vinnicius Martins estão entre os atletas que já se manifestaram contrariamente à demolição, ressaltando a importância do local.
*estagiário do R7, sob supervisão de André Avelar
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