Mãe, personal trainer e fisiculturista de Lima 2019: conheça Carla Lobo
Atleta de 48 anos representará Brasil na disputa inédita do fisiculturismo no Pan: 'Modalidade tem graciosidade do balé e persistência das maratonas'
Pan Lima 2019|Gabriel Croquer e Pietro Otsuka, do R7*

A fisiculturista Carla Lobo, representante brasileira nos Jogos Pan-Americano, investiu décadas de sua vida no esporte. Formada em Educação Física, com pós graduações em Fisiologia do Esporte e Treinamento Desportivo, ela treinou e competiu por diversas modalidades antes de chegar ao auge da carreira com o fisiculturismo. Hoje, aos 48 anos, mãe e personal trainer, ela se prepara para Lima 2019.
"Fui bailarina em todas as modalidades, fui ginasta e depois virei maratonista, esporte que pratiquei até 2015" contou Carla, que divide a rotina de atletas com as aulas que oferece, como personal trainer.

A multi-atleta encontrou seu esporte a partir daquele ano. Insatisfeita com o corpo, foi a um nutricionista, que a receitou uma dieta mais restrita. Carla contou que também passou a treinar com muito mais força e frequência na academia. Após seis meses de treino, seu professor sugeriu que ela começasse a competir no fisiculturismo.
"Comecei a trabalhar isso na minha cabeça, e vi que era possível. Até o primeiro campeonato, me preparei com dieta e treino por quase um ano", disse a atleta. Desde então, Carla participou de sete campeonatos na categoria Body e Fitness do fisiculturismo, em que a estética e a força física são os pontos mais importantes.
Porém, Carla mudou de categoria quando ficou sabendo que outra variante do fisiculturismo poderia se tornar uma modalidade disputada nos Jogos Pan-Americanos. Era o Fitness Coreográfico, que junta movimentos de dança à apresentação da saúde e força corporal.
Ascensão meteórica para o Pan 2019
Segundo Carla, no Fitness Coreográfico ela pôde reunir tudo o que aprendeu com outros esportes que fez durante a vida. "A criação de um atleta não é momentânea, é uma vida de auto-conhecimento, passando por outros esportes. Hoje o que eu sou, devo muito às outras atividades que pratiquei."
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Ela detalhou como cada um dos esportes ainda a ajuda. "Minha categoria é um somatório de todos os outros esportes. A graciosidade do balé, a persistência das maratonas, o foco e a superação do Body Fitness, onde você tem que ir até o movimento falhar, até a última gota de suor."
Nesta categoria, a fisiculturista disputou e marcou presença no pódio em quatro competições: no Campeonato Brasiliense (1° lugar), no Brasileiro (2° lugar) e o terceiro lugar no Sul Americano, colocação que repetiu no Pan-Americano, em que conseguiu a classificação para os Jogos de Lima de 2019.
Treinos e expectativa para o Jogos Pan-Americanos
Carla Lobo entrou para a história do fisiculturismo brasileiro em novembro de 2018, após o Campeonato Pan-Americano da modalidade, disputado na Guatemala, em 2018. A presença do fisiculturismo na competição é inédita.
Em 2016, o fisiculturismo teve algumas categorias consideradas pela Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana) para a disputa do Pan-Americano. A atleta aguarda pelos Jogos de Lima com grande expectativa. "É uma realização pessoal, um sonho que tenho desde criança: participar de um esporte olímpico”, revelou.
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Carla também falou das chances do Brasil na competição. "Temos chances muito grandes de medalha para o Brasil. Estou confiante". Mãe de três filhos, com oito horas do dia reservadas às aulas como personal trainer, a fisiculturista revelou que nuca se dedicou tanto na carreira, como faz agora em busca da medalha de Ouro em Lima.
“Estou em preparação desde janeiro, é a preparação mais longa que já fiz. Como sou uma atleta que não usa anabolizantes, tudo é conquistado com um respeito severo à minha dieta e às minhas horas de sono”, explicou.
Para Carla, a participação de atletas brasileiros no Pan 2019 pode ser um marco na história do esporte, afirmando que abrirá portas para atletas serme vistos de forma diferente: "Outras pessoas lutam dentro do esporte há anos por isso: reconhecimento".
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}O sonho: Jogos Olímpicos
Emocionada, a atleta revelou já estar pensando em uma edição de Jogos Olímpicos, acreditando que falta pouco para o fisiculturismo ter presença confirmada, por exemplo, em Tóquio 2020. "Para um atleta, a Olimpíada é o ponto máximo que se pode chegar. Ainda mais no nosso esporte, com tanto preconceito".
Ela explicou que a "vertente" do fisiculturismo na qual compete, livre de anabolizantes, já merece o reconhecimento olímpico total, mas ainda não está garantida no programa olímpico. "Estamos brigando por isso, falta pouco para baterem o martelo, estar no Pan já é metade do caminho”, relatou Carla.
"Defendo com unhas e dentes minha categoria. Só eu sei o que eu passo, só eu sei como está sendo a minha preparação para representar minha categoria da melhor forma, nos enquadrando neste perfil, como qualquer outro esporte", explicou, relatando sua luta dentro do esporte sem substâncias proibidas.
Falta de patrocínio
Carla também revelou que o sucesso como atleta a ajuda na vida profissional. Mesmo assim, ainda não recebe patrocínio ou remuneração fixa pela atividade como atleta. Apesar do status de atleta pan-americana, a realidade do esporte ainda é carente.
“É um esporte caríssimo: bikini, roupas, comida, suplementação; tudo é por nossa conta”, revelou a competidora. Ela espera que esta realidade possa mudar após a disputa do Pan-Americano de 2019, com o respeito que ela já experimenta sendo uma atleta que estará na competição.
*Estagiários do R7, sob supervisão de André Avelar
O handebol brasileiro é forte candidato na disputa por uma medalha de ouro nos jogos Pan-Americano 2019, que acontece em Lima, no Peru, entre os dias 26 de julho e 11 de agosto. A equipe feminina segue com a base do time que conquistou o Mundial da Sér...
O handebol brasileiro é forte candidato na disputa por uma medalha de ouro nos jogos Pan-Americano 2019, que acontece em Lima, no Peru, entre os dias 26 de julho e 11 de agosto. A equipe feminina segue com a base do time que conquistou o Mundial da Sérvia, em 2013 e promete dificultar a vida dos vizinhos americanos, já que também é a atual pentacampeã dos jogos Pan. Na categoria masculina, os atletas levaram o Brasil a nona colocação no último mundial da categoria, sendo a melhor seleção americana da competição. Além disso, o handebol masculino tem três conquistas de Pan-Americano, vencendo, inclusive, na edição de 2015, em Toronto










