Pan 2019: Avancini pode acabar com jejum de 60 anos no ciclismo
Brasileiro é o 3º colocado no ranking mundial do mountain bike, e vai para o Pan após um ano histórico em 2018, no qual se tornou campeão mundial
Pan Lima 2019|Gabriel Croquer, do R7*
Entre as modalidades nas quais o Brasil desponta como o país com os melhores e mais bem ranqueados atletas, o mountain bike é a maior surpresa para o Pan-Americano de 2019, principalmente pela ascensão meteórica pós-Olimpíada do brasileiro que hoje é um dos maiores competidores da modalidade no mundo: Henrique Avancini.
Já classificado para o Pan 2019, Avancini decidiu não disputar o Campeonato-Pan Americano, torneio-teste e qualificatório para Lima 2019, justamente para focar no circuito mundial, no qual está na terceira colocação.
Após desempenho espetacular no circuito de 2018, o brasileiro é considerado um dos grandes candidato a desbancar Nino Schurter, lenda do esporte que venceu seis das últimas nove edições do mundial de mountain bike.
Em dezembro do ano passado, Avancini recebia o prêmio Brasil Olímpico 2018, como Atleta da Torcida, após vencer 19 corridas e conseguir 35 pódios no circuito de 2018, desempenho que lhe rendeu o segundo lugar mundial. Neste ano, o brasileiro perdeu o primeiro lugar justamente para Nino Schurter.
O ano de 2018 corou a mais de uma década em que Henrique Avancini representou o país na elite do esporte, desde que ingressou no circuito ainda como um adolescente.
Pioneiro do esporte nas competições de Mountain Bike
Avancini começou a competir no esporte desde muito jovem. Com oito anos, começou a andar de bicicleta com um veículo que seu pai construiu. No mesmo ano, o garoto já começou a competir no esporte.
Ainda muito jovem, com menos de 20 anos de idade, venceu dois Campeonatos Pan-Americanos e garantiu a melhor posição do Brasil no Mundial de Mountain Bike, em 2006.
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Nos anos seguintes, o ciclista se tornou o maior símbolo e ídolo do mountain bike no Brasil. Henrique Avancini se manteve como o único atleta brasileiro entre a elite do esporte, nos anos em que também disputou sua primeira Olimpíada (Londres 2012), até chegar aos Jogos Olímpicos de 2016, na sua terra natal, como a grande esperança de medalha na categoria.
Infelizmente, nas duas Olimpíadas em que esteve, Avancini teve desempenho regular, terminando as provas pouco acima da vigésima posição. Em 2016, teve ainda o azar de estirar o músculo da coxa durante o prova, o que certamente o prejudicou.
Os anos seguintes aos Jogos de 2016 mostraram um atleta mais constante, que pode estar agora no auge físico e técnico. Da 26° colocação no ranking mundial (2016), pulando para o 5° lugar (2017), até o vice histórico de 2018, o brasileiro alcançou o topo do esporte no meio do ciclo olímpico para Tóquio 2020.
No Pan de 2019, competição na qual o Brasil passa um jejum de 60 anos sem medalhas, Henrique Avancini pode ampliar ainda mais seu legado no ciclismo brasileiro.
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Atleta-ativista pelos benefícios da bicicleta
Além de um dos maiores competidores do esporte, Avancini se posiciona em entrevistas em prol do uso da bicicleta como algo que mude o estilo de vida das pessoas. Em entrevista ao canal especializado Bike é Legal, pouco depois de se sagrar campeão brasileiro neste ano, o atleta contou que todos os títulos, competições e desafios tem um propósito maior para ele.
"Qual é a mensagem que estou levando? O que estou levando de bom, de mudança, para a vida das pessoas? Isso que é o meu gás." disse Avancini, explicando que busca inspirar pessoas a usarem a bicicleta como meio de vida, o que afirmou ter lhe dado "educação, experiência de vida, ganhos materiais".
Logo depois do título brasileiro, em maio deste ano, o ciclista brasileiro foi flagrado voltando da competição para sua casa de bicicleta.
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Pensando no futuro do esporte, Avancini lançou junto com fornecedoras de equipamento o AVA Project, equipe com jovens ciclistas que busca formar os novos talentos brasileiros para as competições.
*Estagiário do R7, sob supervisão de André Avelar