Rebecca sonha conquistar uma estrela Michelin em dois anos
Após participar do Top Chef, a carioca vai comandar um programa sobre gastronomia em uma plataforma multimídia francesa e assumir um restaurante
Release|Juliana Lambert, do site oficial
Desde que deixou o Top Chef Brasil, a agenda da chef Rebecca Lockwood está bastante concorrida. A carioca que morava em Paris e fez escala em São Paulo para participar do reality show culinário da Record TV já tem vários eventos de catering agendados na capital francesa, viagens marcadas e um programa engatilhado em uma plataforma multimídia da França, que vai abordar gastronomia e curiosidades. “Ainda não posso dar muitos detalhes, o programa será exibido em Paris e entorno, mas depois será expandido para o resto da França e ganhará a TV”, revela a chef que foi a segunda eliminada do reality.
As novidades após a sua saída do reality não param por aí. “Recebi uma proposta para pegar a concessão de um restaurante em um centro cultural no Sul da França, então tenho este novo negócio para tocar e estou animada. Tenho o objetivo de conseguir uma estrela Michelin em dois anos. Também estou com performances gastronômicas agendadas na China pelos próximos três anos junto com meu coletivo de arte Cozinha Radicante. Espero que venham propostas do Brasil também! Mesmo com tantas coisas, estou aberta a convites e desafios”, comenta.
A escola Top Chef
Apesar de ter permanecido pouco tempo no programa, a aprendizagem foi grande. “Acho que tive duas grandes escolas de cozinha. A primeira foi o Le Cordon Bleu, que me ensinou a interpretar e executar praticamente qualquer receita que exista. A segunda foi o Top Chef, que me ensinou a esquecer as receitas e contar somente com minha experiência e criatividade. E é assim que quero trabalhar de agora em diante”, planeja.
Ela também destaca o contato com Felipe Bronze e os jurados: “Foi um imenso prazer conhecê-los e espero poder ficar amiga deles e até trabalhar com eles no futuro”.
O dia que deu tudo errado
Rebecca relembra a eliminação após participar de prova de confeitaria: “Deu tudo errado naquele dia, fui mudando a receita ao longo da prova, pois muitas coisas inesperadas ocorreram. Quando fui buscar o sifão, passado mais que a metade do tempo da prova, já não tinha mais nenhum disponível, pois alguns participantes pegaram dois ou três. O local da prova era uma estufa, ambiente desfavorável à confeitaria, e não consegui levantar o chantilly na batedeira. Com o nervosismo, esqueci o brownie no forno e ele passou do ponto. Talvez devesse ter mergulhado na calda de gengibre com pimenta dedo de moça e laranja (que aliás estava ótima), talvez devesse ter o esfarelado em crumble (melhor ideia) ou quem sabe simplesmente ter dado outro nome ao prato como sugeriu um dos jurados explicando que não estava ruim mas não parecia um brownie”.
Confinamento não é brincadeira
Para a chef carioca, a parte mais difícil do confinamento foi não poder falar com a filha e o marido. “Também foi insuportável ter hora para dormir, acordar e ter até que pedir para usar o banheiro ou desejar comer e beber algo e não poder. Isso é a morte para um chef. Lá na casa, a gente não tinha internet, telefone, relógio e nem sequer papel ou caneta. Sou muito livre e independente, me senti presa”, revela Rebecca, que assim que saiu do programa preparou um espaguete de massa fresca integral com molho de tomates coloridos, manjericão e queijo comté ralado, acompanhado de um bom vinho francês orgânico natural.
Sob o comando de Felipe Bronze, o Top Chef Brasilvai ao ar às quartas-feiras, às 22h50, na tela da Record TV.