Áudio polêmico de viúva acusada de dopar marido até a morte aumenta suspeitas
Elimara de Carvalho, de 55 anos, também solicitou uma missa de sétimo dia para familiares do homem que ainda estão vivos

O Balanço Geral acompanhou o caso de uma mulher acusada de dopar o ex-marido para roubar uma fortuna estimada em R$ 50 milhões. O caso tomou novas repercussões, após a suspeita ir a uma igreja e solicitar uma missa póstuma para três pessoas que continuam vivas, o que levantou alerta sobre uma possível ameaça.
Um casamento complicado
Elimara de Carvalho, de 55 anos, era casada com o empresário Benedito Amaral. O homem havia conquistado uma grande fortuna ao longo da vida como comerciante de carros e imóveis. Fora do Brasil, durante o conflito entre Iraque e Irã no fim dos anos 1980, ele conquistou a confiança do ditador Saddam Hussein, e se especializou em fazer a manutenção de tanques militares
No fim da guerra, Benedito voltou para São José dos Campos (SP) e multiplicou sua fortuna em pouco tempo. Na década de 1990, se separou da primeira esposa, da qual teve um filho, Fabrício, e então casou com sua prima, Elimara.
Os dois viveram juntos até o ano de 2017 e não fizeram a repartição dos bens. Ambos ainda eram muito próximos e acredita-se que a mulher tinha um grande poder de influência sobre o ex-marido.
Após passar dois anos em camas de hospitais, lutando para sobreviver, Benedito faleceu em setembro de 2023.
Enquanto o marido estava na UTI, lutando para sobreviver, Elimara enviou diversos áudios para uma amiga, as informações contidas neles foram estarrecedoras para a família. “O meu ex-marido está quase morto, mas o desgraçado não morre logo, sabe?”, afirmou.
Na mensagem de voz, ela ainda teria confessado: “Tanto é que, seu eu não tivesse raiva dele, eu não tiraria tudo que tirei, tirei com gosto e quero tirar o resto”. Atordoada com a sordidez de Elimara, a amiga, que não quis se identificar, prontamente enviou os áudios à polícia: “Eu fiquei em choque, com muito medo”, afirmou.
Em mais confissões, a mulher afirma que o marido estava tão “abobado” que assinou tudo para ela sem pestanejar, aumentando assim o seu patrimônio para R$ 33 milhões em determinado momento. Benedito possuia muitos imóveis, e após enganá-lo, ela se gaba de ter tomado a maioria das coisas e deixado “pouco” para ele.
Com planos de faturar ainda mais futuramente, Elimara ainda revelou para a amiga um suposto amante: “Eu quero é por na mão do ****** R$ 200 mil para gente gastar, viajar, andar de iate como ele gosta, sabe?”, declarou.
Uma pessoa perigosa
Segundo o filho de Benedito, Fabrício, o pai quando vivo era cada vez mais afastado da família por Elimara. Ele afirma ter resgatado-o após conseguir um dia entrar em sua casa. E mesmo encaminhando ele para um bom tratamento médico, já era tarde demais, a saúde do homem estava muito comprometida.
Após fazer um pente fino em cartórios e investigações sobre o casal, Márcio, advogado do rapaz, afirma: “O remédio que era para tomar duas doses por dia, ela dava dez, quinze doses. Ela dopava, dava remédios com níveis muito acima do quê uma pessoa normal poderia ter”.
Recentemente, Elimara foi flagrada por câmeras de segurança de uma igreja. Nos registros, ela vai até o balcão e solicita uma homenagem póstuma em uma missa de sétimo dia. Os três nomes entregues por ela são os de Fabrício, Márcio e o de sua ex-amiga.
A atitude da viúva foi recebida com muita preocupação. “No crime, isso é uma ameaça de morte. Para nos calar”, afirmou o advogado.
Após denunciar Elimara, a ex-amiga se tornou uma testemunha protegida pela Justiça e trocou de cidade. Mesmo vivendo escondida, a mulher afirma sentir muito medo: “Não tenho vida social, não tenho nada, o que eu puder me esconder ainda é melhor”, desabafou.
Elimara de Carvalho foi acusada por tentativa de homicídio e responde em liberdade. Atualmente, ela anda livremente pela cidade na caminhonete que era de seu ex-marido. Em suas redes sociais, compartilha momentos na academia e em viagens, como se nada nunca tivesse acontecido.
Acompanhe o caso:
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