Caso de estrangeiro executado no litoral de SP tem reviravolta
Homem tinha passado obscuro e estava na lista vermelha da Interpol; entenda
Balanço Geral|Do R7
O Balanço Geral acompanha o caso da morte misteriosa de um homem no litoral de São Paulo. Identificado como Dejan Kovac, de 43 anos, o estrangeiro foi executado a tiros na frente da sua família brasileira, ao tentar entrar no portão da sua residência.
Imagens da ocorrência circularam por todo o país e intrigaram internautas, principalmente, pela tamanha crueldade do assassino de ter efetuado os disparos na frente da esposa e do filho da vítima, de apenas 4 anos.
Além disso, também assustou moradores da região, que chegaram até a divulgar a movimentação no local pós-crime, que aconteceu na última sexta-feira (5).
Pela frieza do assassino e a simplicidade da forma como agiu, a principal linha de investigação da polícia paulista era um crime motivado por vingança ou acertos de contas.
Mas, nenhuma hipótese era descartada e as imagens do circuito de segurança do prédio onde Dejan morava com sua família foram para análise.
De início, foi difícil para a polícia entender como um pai de família, trabalhador e alguém que, segundo os vizinho, não gostava de confusão, foi morto dessa forma. Porém, uma análise do banco de dados da Eslovênia foi o suficiente para revelar um segredo que mudou tudo.
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O estrangeiro morto utilizava nome e nacionalidade falsas. O esloveno Dejan Kovac, na verdade, se chamava Darko Geisler, e era natural da Sérvia.
Ao chegar no Brasil, mudou de identidade por ser matador de aluguel e integrante de uma organização criminosa, procurado no mundo inteiro.
Seu nome estava na lista vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Ele é suspeito de homínidos, porte de armas e até mesmo explosivos no país de origem.
Apesar de uma história parecida com a de filmes, Darko queria recomeçar a vida com tranquilidade, ao conseguir fugir para Santos (SP).
Nas investigações, foi apurado que o homem estava foragido desde 2014. O seu último registro criminal foi no país de Montenegro, depois ele teria fugido para a Bósnia e nunca mais foi encontrado.
De acordo com testemunhas que conviviam com Darko, em Santos, afirmaram que ele estava em solo nacional há, pelo menos, 7 anos. Além disso, não tinha nenhuma atividade remunerada na cidade, e vivia com uma renda enviada por familiares do exterior.
A polícia revelou, também, que o filho do homem morto, presente no momento da execução, não tem o nome do pai registrado, apenas o da mãe.
A mulher foi interrogada e afirmou não saber dos feitos ilícitos do marido, tampouco que ele era procurado internacionalmente.
Agora, as autoridades nacionais continuam nas investigações para descobrir quem é o atirador que matou o sérvio e qual a motivação específica do crime. Além de considerar a hipótese de outros envolvidos.
Confira na íntegra:
Acompanhe atualizações de casos intrigantes como esse no Balanço Geral. O programa vai ao ar de segunda a sexta, às 11h50; e aos sábados, às 13h, na RECORD.