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Balanço Geral

‘Só tem isso de dinheiro?’, questiona ladrão ao assaltar comerciante

Falta de segurança força empreendedores a fecharem as portas cada vez mais cedo na Grande São Paulo; entenda

Balanço Geral|Do R7

RESUMINDO A NOTÍCIA

  • No ramo de farmácia desde 2016, Júlio César tinha diversas unidades espalhadas por Suzano;
  • Após quase uma dezena de assaltos, comerciante pensa em mudar de rumo ou sair do local;
  • No último assalto, seu filho esteve na frente de uma arma, enquanto os ladrões ameaçavam ele;
  • Sem políticas públicas, o comércio é obrigado a fechar cada vez mais cedo.
No ramo farmacêutico desde 2016, Júlio César sofreu oito assaltos neste meio tempo Reprodução/RECORD

São Paulo é conhecida como a cidade que nunca para. Mas o cenário começou a mudar, com o aumento da criminalidade. É isso que o Balanço Geral trouxe com detalhes, de como a região da Grande São Paulo sofre dia após dia com assaltos.

Em Suzano (SP), uma franquia de farmácias foi assaltada oito vezes, sendo obrigado a fechar uma loja e com o dono considerando em terminar seu negócio, ou mudar da região. “Eu não vou mentir para você, a minha intenção ou é mudar de lugar, ou é fechar essa [farmácia] aqui também. Pois o susto é difícil. Você conquista, compra tudo e vem os ladrões e levam. Nós ficamos sujeitos a tomar um tiro”, concluiu Júlio César, no ramo há oito anos.

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O último assalto que ocorreu em sua unidade principal, no bairro Miguel Badra, na região metropolitana de Suzano (SP), deixou o comerciante pensativo. Com seu filho e sua nora cuidando da unidade, um casal de assaltantes os rendeu e realizou o assalto em trinta segundos. E enquanto realizavam o assalto, com o homem rendendo as vítimas e a mulher coletando celulares e o dinheiro do caixa, ameaçaram o casal: “Só tem isso de dinheiro? Nós vamos ‘tacar’ fogo em vocês”, relatou o filho de Júlio.

Além do trauma, o prejuízo estimado foi de mais de R$ 9 mil, algo que o comerciante ficou acostumado nessa quase uma década de trabalho no ramo. Desestimulado, Júlio reclamou da falta de políticas públicas, e está sendo obrigado a fechar mais cedo. “Infelizmente [fechar mais cedo] faz falta, pois o horário de pico é quando o trabalhador chega em casa e quer seu remédio. O policiamento é precário, os ladrões entram e fazem o que querem”, concluiu o comerciante.


Porém, o alvo dos assaltantes não é apenas um tipo de comércio. Comerciantes de todos os tipos relatam que a baixa segurança no bairro, e no estado inteiro, é o motivo principal de fecharem mais cedo. Jackson Reis, comerciante e morador da região, concluiu que apesar de antes São Paulo como um todo ser imparável, os tempos mudaram. “De noite tem que estar fechado. Não tem como trabalhar. Aliás, a noite não tem nem que sair de casa. Ficar longe dos perigos noturnos”, indagou.

Veja a matéria na íntegra:

Para saber as atualizações do caso, e não perder nenhum detalhe das notícias, acompanhe o Balanço Geral, que vai ao ar de segunda a sexta, às 11h50; e aos sábados, às 13h, na RECORD.

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