'Nada vai trazer meu irmão de volta', dispara parente de motorista morto por Porsche desgovernado
A RECORD foi até a delegacia quando o suspeito resolveu se entregar e mostrou os detalhes da decisão judicial; entenda
Cidade Alerta|Do R7
O drama continua no caso do motorista de aplicativo morto por um Porsche desgovernado na zona leste de São Paulo. Mais de 24 horas após a colisão que matou Ornaldo da Silva, de 52 anos, o jovem que dirigia o carro de luxo que causou o acidente se apresentou à polícia e o Cidade Alerta cobriu tudo.
Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, que acelerava o carro avaliado em mais de R$ 1 milhão antes da batida fatal, foi considerado como fugitivo após deixar a cena antes de ser investigado pelas autoridades. Quando soube do corrido, sua mãe foi até o local e sumiu com o principal suspeito.
Desamparados e buscando respostas, os parentes da vítima buscaram o jornalismo da RECORD para contar a própria versão do caso. No Balanço Geral, um dos três filhos do trabalhador morto fez um depoimento presencial sobre os desafios que a família deixada por Ornaldo precisa enfrentar para que a justiça seja feita.
Sob revolta e forte comoção, os parentes do motorista de aplicativo deram seu último adeus ao homem nesta terça (2). Ao ver o companheiro ser enterrado, a esposa da vítima chegou a passar mal e precisou até ser socorrida. "Eu quero justiça pelo meu irmão, ele não merecia morrer dessa forma", afirmou uma parente. "Nada vai suprir esse vazio", desabafou Lucas, seu primogênito.
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Ao mesmo tempo em que o corpo era sepultado em cemitério de Guarulhos (SP), cidade onde Ornaldo morava, o responsável pelo acidente entrava em uma delegacia da capital paulista. Cerca de 38 horas após o ocorrido, fora do prazo da prisão em flagrante, Fernando se apresentou para prestar esclarecimentos na presença de uma advogada.
Perguntas como o motivo do carro de Fernando ter perdido o controle e colidido com tamanha velocidade no carro da vítima ainda não foram completamente entendidas. Além disso, a possibilidade de embriaguez ao volante é outra questão que a fuga do local do acidente pode fazer com que não seja esclarecida.
Outra apuração que está sendo feita se refere à conduta dos agentes de segurança que permitiram a saída do suspeito da cena de crime com a sua mãe. Ela teria convencido os policiais de que levaria o filho a um hospital, mas Fernando não foi localizado depois disso e nunca chegou a realizar exames toxicológicos como o do bafômetro, podendo aumentar a pena.
Na estação policial, o jovem que sobreviveu foi indiciado por dolo eventual na fuga do local, e lesão corporal devido a um colega que estava no banco do passageiro do Porsche. Mesmo assim, a Justiça negou o pedido de prisão e Fernando foi liberado.
Veja o momento no Balanço Geral Manhã:
A equipe da emissora também esteve no velório, onde familiares inconformados expressavam sua dor. Para quem o conhecia, fica a lembrança de um homem querido por todos. "Trabalhador, honesto e pai exemplar", foram algumas das características elencadas por um amigo próximo. "Nada nesse mundo vai trazer meu irmão de volta", disparou a parente.
Confira na íntegra:
Acompanhe o Cidade Alerta para mais notícias como essa. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir das 16h30; e aos sábados, com duas edições, às 17h e às 21h, respectivamente, na tela da RECORD.
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