‘Não faço mal a uma mosca’, diz mulher após matar companheiro a facadas
Parentes da vítima dizem que antes de ser atacado ele saiu em defesa do filho de 1 ano, que Eshiley tentava enforcar; entenda o caso
Cidade Alerta|Do R7
O Cidade Alerta exibiu com detalhes uma agressão que terminou em morte, no Itaim Paulista, zona leste de São Paulo. César Augusto, de 33 anos, foi atacado e morto pela companheira Eshiley Rodrigues, de 23 anos. Segundo a irmã da vítima, o casal tinha um relacionamento conturbado e Eshiley era muito agressiva.
A família de César acredita que Eshiley atacou o marido porque ele saiu em defesa do filho de 1 ano, após a suspeita tentar enforcar a criança. Na delegacia, Eshiley desmentiu as acusações e afirmou que agiu em legítima defesa.
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Segundo testemunhas, no dia do crime, a briga se iniciou quando a acusada reclamou de ter passado o dia cuidando do filho de César, fruto de outro relacionamento. A acusada ainda chegou a agredir a criança, e para defender o filho, Cesar agrediu Eshiley, que alega ter se defendido com a faca.
Imagens de seguranças registraram a movimentação da rua após o crime e horas antes da acusada ser presa. Na delegacia, a versão que Eshiley contou para os policiais, é que depois de um desentendimento com a vítima, César começou a agredi-la com chutes e socos, e também teria puxado o cabelo deixa e jogado ela ao chão.
“Foi legítima defesa, eu não queria machucar ele, mas ele veio me agredir. Eu apanhava direto, tinha até Boletim de Ocorrência contra ele, porque ele me deixou de olho roxo”, diz a acusada que, em seguida, afirmou: “Quem me conhece sabe que eu não faço mal a uma mosca”.
Abalado, o primo da vítima conta ter ouvido os gritos de socorro de César, mas quando chegou para ajudar, ele já estava sendo golpeado com a faca. Em um vídeo enviado para a equipe do Cidade Alerta, Eshiley age com frieza e muita agressividade ao puxar o cabelo da cunhada e ameaçar ela e o marido de morte. “Ela tinha ameaçado ele, falou que ia jogar água quente no ouvido dele, enquanto ele dorme”, conta a irmã da vítima.
“Eu ouvi quando meu irmão pediu para parar e disse ‘você vai machucar meu filho’, aí eu corri lá e peguei meu sobrinho, e logo em seguida ouvi ‘socorro, Cíntia!’”.
A mulher lamenta não ter chegado em tempo: “Aí, quando eu cheguei no quarto, ele já estava todo esfaqueado e ela com a faca na mão”.
A irmã conta os momentos de terror que passou ao ver César daquele jeito. “Dor, ódio, revolta, porque um menino novo, de 33 anos, e ela fazer isso com ele”.
“Hoje eu não consegui dormir, nem sei quantos dias vou ficar sem dormir, porque meu primo era uma pessoa que eu gostava muito, estava comigo todos os dias. Não tem como explicar, você ver uma pessoa que ama agonizando e não poder fazer nada”, desabafa o primo.
Eshiley agora vai passar pela audiência de custódia. No Boletim de Ocorrência registrado na delegacia foi destacado que ao consultar os sistemas policiais, não foi encontrado nenhum registro antecedente nos dando conta de que a vítima agredia a ré, bem como não há registros de pedido de medida protetiva e afins.
Assista ao vídeo:
O Cidade Alerta vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir das 16h30; e aos sábados, a edição especial começa às 17h, na tela da RECORD.