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Cidade Alerta

"Não fiquei feliz, mas agradecida", diz sobrinha de Lucilene sobre a condenação de Vanderlei

Sócio da empresária foi julgado nesta quarta (22) e condenado a mais de 50 anos de prisão pelo assassinato da mulher

Cidade Alerta|Giovana Sobral, do site oficial

Familiares passaram anos lutando para que o nome da empresária continuasse em evidência
Familiares passaram anos lutando para que o nome da empresária continuasse em evidência

Na última quarta-feira (22), um dos casos mais emblemáticos do Cidade Alerta chegou ao fim. O Tribunal do Júri condenou Vanderlei Meneses, de 46 anos, a 56 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato da empresária Lucilene Ferrari, de 48 anos, em Porto Ferreira (SP). Foram 40 anos por homicídio qualificado, motivo fútil, torpe e feminicídio, três pela ocultação de cadáver, cinco por fraude processual e oito por corrupção de testemunha.

O caso marcou não só a população local, mas também o programa, que acompanhou os desdobramentos desde o desaparecimento da empresária, até o encontro da ossada dela, três anos depois, e agora, a condenação do assassino.

Durante os anos em que a investigação aconteceu, a família de Lucilene se manteve empenhada em descobrir o que havia acontecido, mesmo já tendo sua desconfiança: “A esperança de encontrá-la com vida era grande, mas quando saiu o resultado do DNA da ossada, nos demos conta. Não sei dizer se isso aumentou a dor”, comenta Gisely Favato, sobrinha de Lucilene.

Os parentes da empresária também contaram com o apoio da advogada da família, Patrícia Vega, que diz que tomou conhecimento da história na época do desaparecimento, em 2019: “Ajudo uma Associação de Pessoas Vítimas de Violência, mas na época do sumiço dela, eu estava em viagem. Passados alguns meses, a família voltou a me procurar”, conta.


Gisely se mostra grata pelo trabalho, não só do promotor do caso, que ‘não ficou do lado da família, e sim do lado da verdade’, mas também pela cobertura da imprensa na divulgação.

Vanderlei é inteligente, no entanto, a utilizou para cometer o mal. Ao tentar apontar deslizes da família de Lucilene como um fator para a defesa própria, escancarou a falta de argumentos.


Patrícia alega que o fato do homem negar o relacionamento com a empresária é um ‘tapa na cara’ da família e da sociedade, já que os dois tinham uma relação pública e de conhecimento de muitas testemunhas. “Em conversa com diversas pessoas da cidade, funcionários do hotel, atendentes dos restaurantes, vendedores de lojas e pessoas de diversos setores pelos quais passei, todos falam do perfil agressivo e intimidador de Vanderlei”. 

Para a advogada, a maior dificuldade no processo foi a espera de que Vanderlei confessasse o homicídio e apontasse onde está o restante do corpo de Lucilene, mas isso não aconteceu.


Após 16 horas em plenário, a família pode, finalmente, ‘descansar’ sabendo que o assassino de Lucilene vai pagar pelo o que cometeu. Gisely e Márcia, a irmã de Lucilene, passaram anos lutando para que o nome da empresária continuasse em evidência, na esperança de que o até então desaparecimento, fosse resolvido.

Mesmo assim, a família, tão vítima quanto Lucilene, sofreu ataques. Gisely conta: “Mantivemos duas lutas: procurar a Lucilene e enfrentar as críticas das pessoas”. A mulher acrescenta que Vanderlei tentou distorcer seu depoimento à polícia e apontou, de forma debochada, a investigação que a família decidiu fazer por conta própria.

Com o fim do caso, Patrícia Vega diz estar com um sentimento de dever cumprido. Ainda assim, a pena não anima a sobrinha da mulher: “Para ser sincera, não fiquei feliz, mas agradecida”, encerra Gisely.

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