"Estou com gás para muita coisa boa que vem por aí", avisa Sergio Aguiar
Apresentador do Domingo Espetacular e também maratonista comemora quatro anos na tela da Record TV em ritmo acelerado e com energia de sobra para sonhar e realizar
Domingo Espetacular|Por Monique Caroline, do site oficial
Dono da voz emblemática que marca as noites de domingo da Record TV, o apresentador Sérgio Ricardo Soares Aguiar começou a trajetória na emissora em julho de 2019. Quatro anos intensos que registram não apenas um novo rosto nas bancadas dos principais telejornais, mas também a chegada de um carioca na “Terra da Garoa”.
O rádio foi a porta de entrada do garoto que sonhava em trabalhar na televisão desde jovem. E foi assim que ele começou em 1990. De lá pra cá, já são três décadas trilhando um caminho cheio de sonhos dentro da profissão. Antes disso, almejava seguir os passos do pai e ser jogador de basquete, chegou a ser atleta federado no vôlei e também se imaginou historiador, já que gostava da matéria na época da escola.
Mas a paixão que nutria pela comunicação falou mais alto e marca os 33 anos dentro do jornalismo que, aliás, começou com uma história inusitada na adolescência, ao lado de uma amiga que tinha uma câmera VHS.
“Com o único blazer e gravata que tinha, eu pegava o microfone e gravava no quarto dela, inventando os textos. Então começava: ‘nesse momento, os ministros estão reunidos a portas fechadas’, apontando para o guarda-roupa. Ela ficava morrendo de vontade de rir! Aí, tinha uma prateleira cheia de bijuterias e eu falava: ‘nessa joalheria foram apreendidas joias’. Adoraria ter essa fita ainda”, relembra com carinho.
Na tela da Record TV, as paixões por maratonas e comunicação se cruzaram diversas vezes e criaram a possibilidade de o público conhecer o Sergio amante de esportes, por meio de reportagens especiais sobre corrida.
Nesta entrevista especial em comemoração aos quatro anos do jornalista na emissora, Sergio passa por pontos marcantes de sua carreira, relembra histórias que vivenciou no comando dos principais programas da casa e revela bastidores.
Você completou quatro anos na Record TV. Como avalia esse trabalho até aqui?
Foi bem completo, tive a oportunidade de passar por vários produtos que têm uma grife bem bacana. Estive no Boletim JR 24 horas e fiquei por oito meses fazendo o Jornal da Record enquanto o Celso [Freitas] estava afastado por conta da pandemia. Também, nesse período, fiz o Câmera Record por oito meses e depois fui para o Fala Brasil. Fiquei pouco mais de um ano e meio e, em setembro do ano passado, assumi o Domingo Espetacular. Ou seja, tive a oportunidade de apresentar um leque de tudo o que tem de bacana na Record TV, e que venham mais. Estou com gás para muita coisa boa que vem por aí.
São alguns dos principais programas da casa e também com estilos bem diferentes…
O Boletim é dinâmico e mais rápido. Enquanto a essência do jornalismo ao vivo é o Fala Brasil. Já o Domingo Espetacular é uma revista eletrônica. Tem também a parte mais investigativa do Câmera Record, e o foco em política e economia do Jornal da Record. Enfim, produtos bem variados.
Qual cobertura, lembrança ou história mais te marcou nessa jornada? Tem algo que você pensa na sua trajetória e lembra automaticamente?
É inevitável não falar da pandemia. Foi algo que abalou o Brasil e o mundo, e mexeu também na própria estrutura e dinâmica de se fazer jornalismo. Então, o momento de pandemia acabou marcando até minha experiência dentro da Record TV. A gente não imaginava passar por uma situação como essa, então para o jornalismo foi bem difícil.
O que mais você gostaria de fazer na tela da Record TV? Existe um sonho a curto ou a longo prazo?
Quem sabe as Olimpíadas! Fazer alguma coisa para o Domingo Espetacular lá em Paris… Eu nunca tive essa experiência e gosto muito de esportes! Aliás, eu fiz uma série para o Fala Brasil sobre como a corrida de rua cresceu durante a pandemia, porque as academias estavam fechadas e muitos precisavam praticar algum tipo de esporte, e a saída acabou sendo ir para rua e correr.
A gente descobriu histórias interessantes de pessoas que corriam o equivalente a uma maratona (42 km) no quintal de casa. Olha que louco isso, né? E eu gosto de corrida, então aquilo foi extremamente prazeroso, unir o jornalismo com o esporte que eu pratico. Depois, tive mais recentemente a chance de ir para Jerusalém, com o Domingo Espetacular.
Ainda não havíamos falado do Sergio maratonista. Como foi para o apresentador do DE se colocar ali como personagem nessa experiência?
Essa prova é muito simbólica e histórica, porque ela passa por um trecho da cidade velha. É um lugar que eu falei durante tantos anos por diversos motivos e aí tendo a oportunidade de estar lá conhecendo e vivendo um pouco daquele terreno tão sagrado…Só caiu a ficha quando estava faltando alguns minutos para a prova começar.
A gente sempre vê o jornalista entrevistando alguém, e ali eu não era mais o profissional, era um personagem da corrida também. Então, eu falei assim: ‘bom, agora é comigo. Eu tenho que completar essa prova’. Uma prova muito difícil, com subidas e descidas o tempo inteiro.
Tive pouco tempo para me preparar, mas com o contexto simbólico do lugar foi tão empolgante que eu acabei superando qualquer nível de cansaço e de falta de preparação. Na hora em que eu estava nos quilômetros finais e no momento em que eu entrei na Cidade Velha, fiquei extremamente emocionado. Guardo com um carinho enorme a medalha e a oportunidade que o DE e a Record TV me deram para correr essa prova.
E como surgiu esse amor pelas corridas?
Meu pai foi jogador de basquete e queria que os filhos praticassem o esporte. Não deu certo, aí eu descobri o vôlei, me apaixonei e joguei, fui federado no Rio de Janeiro, mas parei por conta de estudos e segui sempre fazendo atividades físicas, porque eu gosto muito.
Em 2016, corri a minha primeira meia maratona. Foi um desafio de uma colega jornalista, que me chamou para correr com ela. Me preparei bem, me cerquei de bons profissionais de todas as áreas e coincidentemente ela não pode correr porque teve uma lesão. Aí, corri sozinho e completei essa prova. Depois, tem um bichinho da corrida que quando se instaura, já era!
Foram quantas maratonas até agora?
Eu tive a oportunidade de correr a minha primeira maratona completa da vida em Nova York, nos Estados Unidos, que é mágica, porque a cidade inteira vai para a rua.
Seria a edição de número 50 e eu [estava completando] 50 anos, então pensei: ‘se eu tiver que correr em uma maratona, tem que ser essa!”. Só que teve a pandemia e a maratona aconteceu em 2021, quando eu já tinha 51 anos. Eu corri e foi mágico, lindo.
A outra foi em Jerusalém, a convite do DE. E, em setembro, vou para Berlim, na Alemanha, correr uma ‘menos difícil’, pois é mais plana. Eu pensei que se eu tivesse que correr mais uma, teria que ser algo que não me desgastasse tanto. Mas sempre tem uma desculpa, pois depois vou pensar: ‘ah, tenho que correr uma no meu país’ ou ‘tem uma maratona no RJ ou em SP’.
É legal porque você estabelece também muitas metas. Muita gente fala que a corrida ajuda na parte profissional, pois você cria focos e esse tipo de compromisso que se assume na corrida, também pode levar para o trabalho.
Sergio Aguiar está ao lado de Carolina Ferraz no Domingo Espetacular! O programa vai ao ar todo o fim de semana, a partir das 19h45, na tela da Record TV.