Eduardo Ribeiro fala da cumplicidade na paternidade

“Uma entrega infinita”. É assim que o jornalista Eduardo Ribeiro define a paternidade logo no início de sua entrevista sobre o Dia dos Pais, comemorado neste domingo (11). O apresentador do Domingo Espetacular compartilhou, durante o bate-papo, como sua vida mudou após a chegada de Bibi, o apelido carinhoso para Beatriz, sua filha de 9 anos.

O sonho de ser pai sempre fez parte da vida do jornalista, mas ele não imaginava que enfrentaria uma fase bastante difícil durante a realização do objetivo. “Em 2006, Ana [ex-mulher de Eduardo] veio de Curitiba para São Paulo comigo e nós planejávamos filhos. Eu perdi meu pai e quase perdi a minha mãe. O meu pai faleceu por complicações no transplante e a minha mãe teve um AVC. Eu sempre me questionava: será que meus pais não vão conhecer meus filhos?”, compartilha.

Em meio a dor da perda, nasceu a Beatriz. A chegada da filha foi um presente para Eduardo. “Pensei em chamá-la de Laura, um nome que meu pai gostava... pensei em Eduarda, mas em uma madrugada acordei de um sonho com o nome Beatriz na cabeça”, lembra.

Eduardo e a mulher se separaram quando Beatriz tinha 3 anos. O jornalista explica que o início da separação foi difícil, mas, mesmo com a distância, ele fazia questão de passar um tempo com a sua filha, e continua assim até hoje. “Eu ficava com ela quatro vezes por semana, eu sentia muita falta. A carência era mais do pai. Agora, em todas as minhas férias eu planejo para a gente passar uma semana juntos”.

A relação dos dois, conforme Bibi cresce, fica ainda mais forte. Apesar de pai, Eduardo, muitas vezes, é cuidado pela filha, que se faz presente nos momentos de dor e tristeza. “Às vezes, eu e a Beatriz invertemos os papéis. Nos primeiros dias do ano, o irmão mais novo do meu pai morreu em um acidente de carro, no interior do Paraná. Eu liguei para a mãe da Beatriz e avisei que tava indo para o velório. Enquanto estou na estrada, recebo uma ligação da Beatriz com aquela voz meiga dela. Eu não consigo nem descrever.... A aquela voz meiga me tranquiliza”, diz Eduardo.

Para ele, Bibi é sinônimo de meiguice. Pai orgulhoso, Eduardo descreve a menina como encantadora e especial. “Ela tem esse dom de olhar e saber quando você está triste, preocupado e traz uma palavra querida”.

A vida profissional e pessoal

Conciliar carreira e filhos costuma ser desafiador para pais, mas a relação entre Eduardo e Bibi já superou o obstáculo, apesar de não ter sido fácil. O jornalista relembra que a compreensão da filha com a sua carreira foi resultado de um processo doloroso. “No dia 27 de janeiro de 2013 aconteceu o incêndio na Boate Kiss. Eu estava arrumando ela para receber os amigos em casa para a sua festinha de aniversário. Toca o telefone, é a Record TV pedindo para eu sair urgente de casa. Naquele dia eu achei que ia voltar no fim do dia, mas acabei indo para Santa Maria (RS). Era para passar uns dois dias no local, mas eu fiquei quase um mês. Ela sentiu muito a minha falta e eu também fiquei devastado”, conta.

Mas, de acordo com a experiência do pai, eles aprenderam que a distância e os imprevistos fortalecem o vínculo familiar. “Quando estamos juntos, ficamos longe das telas pretas. Jogamos dama, xadrez. Eu ensinei a minha filha a jogar truco quando ela tinha apenas 3 anos de idade! Eu me coloco no lugar dela porque é difícil perder o pai. Eu imagino a falta que posso fazer na vida dela”, diz.

Planos futuros

Em 2016, Eduardo conheceu Kátia, sua atual noiva. O jornalista se anima ao revelar que pretende aumentar a família. “Já estou curioso com o segundo filho. E a Bibi também, ela já deixou claro que irá cuidar muito bem do irmãozinho ou irmãzinha. Já estamos nos planejando”, revela. Para ele, a paternidade é um presente para a vida toda e a continuação do legado de cada um na terra. “A paternidade te descobre, te redescobre. É uma jornada maravilhosa”.

*Sob supervisão de Bruna Vichi