Filho do comandante Hamilton fala da experiência de pilotar com o pai
Uan Rocha divide a reportagem aérea da Record TV com o pai e compartilha lembranças do início da carreira

Você já se imaginou trabalhando com seu pai, na mesma profissão? Essa é a realidade de Uan Rocha, filho e companheiro de voo do comandante Hamilton. Os dois são repórteres aéreos da Record TV e Uan tem, diariamente, a oportunidade de aprender com o pai sabedoria de vida e dicas para melhorar o trabalho. Em entrevista sobre o Dia dos Pais, o piloto conta como o pai é um referencial.
Uan lembra que, desde pequeno, sentia que sua paixão e curiosidade sobre aviões e helicópteros ficava cada vez mais evidentes, o que o fazia acreditar que essa seria sua profissão. Ele conta que admirava os aviões e tentava entender como uma pessoa podia controlar um objeto tão grande, então, o processo de profissionalização, “foi bem natural”, lembra. Ele começou a trabalhar com o pai porque cuidava das fichas de alunos da escola de aviação do comandante Hamilton. “Assim fui caminhando na empresa até ter idade para pilotar”, lembra.

De acordo com Uan, Hamilton tinha uma produtora de vídeos, onde ele treinava e experimentava gravações com toda a família. “Ele resolveu juntar as duas coisas, voar e gravar, e só depois veio o reportar. Eu acabei pegando gosto também por essas duas profissões e quis seguir os passos logo que pude”, relembra. Uan começou a pilotar e filmar com 18 anos.
No dia a dia, apesar de presenciar ocorrências difíceis, Uan também vivencia experiências divertidas ao lado de seu pai. “Uma vez estávamos com o Jean Claude Van Damme a bordo e, acho que por empolgação pelo voo, ele começou a, de repente, do nada, imitar o Rambo (Silvester Stalone). No começo, meu pai e eu não entendemos nada, mas depois caímos na gargalhada”. Uan acredita que o ator se empolgou porque Hamilton fez voos mais radicais em uma área de mata. “Acho que ele se sentiu num filme”, comenta.
Ao voar com seu pai, o piloto relata que não só viveu grandes emoções, como também, aprendeu lições valiosas para a vida. “A maior lição que tenho do meu pai é a humildade e respeito. Não lembro exatamente quando, mas uma vez, em um de nossos voos juntos, ele pairou o helicóptero no ar, o mais alto que podia e disse assim: ‘está vendo lá embaixo, filho? Não importa quem seja e o que faça, daqui de cima conseguimos entender que todos temos o mesmo "tamaninho”, nunca se esqueça disso’”.

Filho orgulhoso, Uan descreve seu pai como um homem tímido e brincalhão. “Ele adora fazer uma brincadeira, pregar uma peça. Mas quando é preciso sabe ser sério e dar conselhos”.
Além de considerar seu pai como um companheiro de voo, Uan também reconhece seu pai como um grande mestre: “Tento seguir seus passos e dar continuidade no trabalho e na vida. Ele costuma dizer que construiu a escada e me ajudou a subir os primeiros degraus. Agora devo manter a escada em pé, continuar os degraus e a subida. Eu considero ele meu Mestre, como nas artes marciais. Aliás somos faixas pretas. Ele de Karatê e eu de Taekwondo e Scientific Hapkido System”.
*Sob supervisão de Bruna Vichi
