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Hoje em dia

Anestesia geral antes de tatuar? Especialistas explicam possíveis riscos

A morte de um empresário e influenciador de Santa Catarina reacendeu a discussão; entenda a opinião médica

Hoje em Dia|R7

Ricardo Godoi sofreu uma parada cardiorrespiratória após anestesia geral Reprodução/Instagram

Já imaginou sentir dor durante um procedimento? Até o século 19, não existia anestesia e era comum usar gelo na região a ser operada, embriagar ou amarrar o paciente. Mas, tudo o mudou a partir de 1846, durante uma cirurgia para a retirada de tumor no pescoço realizada em um hospital em Boston, nos Estados Unidos. De lá para cá, a medicina apresentou grandes avanços e, atualmente, o uso da anestesia geral se apresenta como uma opção de baixa mortalidade — registrando um óbito em cada 100 mil procedimentos. No entanto, o Hoje em Dia mostrou que existem fatores que podem provocar complicações.

A morte recente do empresário e influenciador Ricardo Godoi, de Santa Catarina, que optou por esse tipo de sedação mais profunda para fazer uma tatuagem nas costas reacendeu a discussão. A tatuagem seria feita em um centro cirúrgico e a anestesia aplicada por um médico especialista na área. Mas, de acordo com a família, ele começou a passar mal logo no início da sedação e na entubação teve uma parada cardiorrespiratória.

A viúva Rafaela Gastaldi questiona o procedimento: “Quero saber onde estava o médico. Será que realmente era legal tudo o que estavam fazendo? Será que foi a primeira vez que estavam fazendo? Ou ele foi usado como cobaia?”.

Segundo Roberta Azzolini, cardiologista do Hospital Moriah, de São Paulo (SP), a parada cardíaca pode ter diversas causas e uma delas é a insuficiência respiratória. “Pode ter acontecido por uma entubação difícil, o paciente pode broncoaspirar (quando líquidos, saliva ou objetos estranhos entram nas vias aéreas e chegam aos pulmões) se não fez o jejum adequado ou até mesmo uma droga que tenha sido usada e ele desconheça que tenha alergia, podendo [assim] evoluir para um choque anafilático (reação alérgica do corpo a alguma medicação ou alimento)”.


Opinião dos especialistas

A sedação é considerada segura desde que seja feita por um médico anestesista e em um hospital ou clínica com estrutura adequada. É necessário o uso de um equipamento hospitalar pelo qual o médico verifica a pressão arterial, oxigenação e os batimentos cardíacos do paciente.


A coordenadora do Serviço de Anestesia do Hospital Moriah, Diná Mie Hatanaka, explica que por meio deste dispositivo é possível entender se a sedação está muito profunda, se o paciente sente dor e o quanto tem de oxigênio no sangue, o que é fundamental para evitar uma parada cardíaca. “A pressão arterial é um sinal importante, que nos ajuda a balizar nossa anestesia”, observa.

A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) informa que não é proibido fazer tatuagem com sedação, mas alerta que exames pré-operatórios e o acompanhamento de um médico especialista são fundamentais para garantir a segurança do paciente.


Confira a matéria:

O Hoje em Dia vai ao ar de segunda a sexta, às 10h, na tela da RECORD.

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