Coreógrafa de Reis, Dani Cavanellas explica sequências de dança no Egito
Chegada de Salomão na terra do faraó mostrou muita música e acrobacias em belas cenas de A Sucessão
Entrevistas|Gabriel Alberto, do site oficial
As sequências que mostraram Salomão (Guilherme Dellorto) no Egito encantaram os fãs de Reis — A Sucessão com grandes números de dança no festival de Khoiak e no casamento do rei com Nebset (Priscila Ubba). Para gravar as cenas, a superprodução contou com a participação de 26 artistas, entre bailarinos e acrobatas, comandados pela coreógrafa da série, Dani Cavanellas.
Com formação em balé clássico e especialização em preparação corporal para atores, Dani trabalha na Record TV desde Gênesis (2021). Em entrevista ao site oficial, a profissional contou como foi o planejamento das cenas.
“Foi um período bem intenso, com ensaios diários e, inclusive, em lugares grandes, porque a coreografia ocupava muito espaço. E tinha a questão da acrobacia, que é sempre um risco.”
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Para garantir a segurança de todos, as equipes de arte, figurino, cenografia e direção conversaram com a coreógrafa para chegar a um resultado satisfatório e confortável.
“O tablado que eles dançaram é feito de EVA por baixo, tem um acolchoado. É um piso específico que a cenografia fez para que eles pudessem saltar e fazer as segundas e terceiras alturas com segurança”, explicou.
A profissional ainda contou como o figurino colaborou para o resultado das sequências.
“Existia esse pedido da direção de ter aquelas asas douradas. Acho que acrescentou muito, ficou muito bonito para que eles pudessem se movimentar e tivessem uma liberdade, que também é muito importante”.
Dani lembrou que havia uma encenação no meio da coreografia durante o festival egípcio. Na trama, Abisague (Barbara França) é levada ao centro do palco e exposta nua para todos, o que constrange a concubina.
“A gente também trabalhou com atores, porque precisava colocar esse festival no contexto histórico. Foram muitas reuniões, cuidado e preparação. Foi o momento mais especial de coreografia. E, na hora, víamos a surpresa das pessoas, parecia um show. Dava vontade de aplaudir, então, acho que fomos muito felizes”, afirmou.
A chegada da nova nação à trama trouxe uma cultura rica em vários aspectos, inclusive a dança.
“O Egito, por si só, já é muito diferente, nos permite um tipo de movimentação mais criativa e até mais ousada. A direção nos enviou algumas referências que tinham um caráter circense, mais contemporâneo. Nesse sentido, acho que Reis inovou. E nos deram total liberdade de criação, foi um laboratório criativo muito legal. Não é só dança egípcia, tem toda uma contemporaneidade”, explicou Dani.
A coreógrafa aproveitou para enumerar as principais diferenças entre a dança israelita e a egípcia, além do impacto visual delas na trama de Reis.
“Na época de Davi, os homens não dançavam juntos com as mulheres. Existia a roda masculina e a roda feminina em festas e celebrações, mas o contato físico não acontecia. Tanto que Salomão fica surpreso ao assistir a isso tudo, é uma novidade para ele. Além disso, é um show, uma performance para aquele momento. Não tem muito isso em Israel, são mais as danças culturais das celebrações festivas”.
Dani também ressaltou a “teatralidade” que surge com o Egito.
“As meninas usam saias mais curtas, ousadas, com os braços de fora. Visualmente, é muito impactante. A gente teve um privilégio de um cenário e figurino lindíssimos. É uma virada para a série”.
Acompanhe as emoções do Egito em Reis — A Sucessão, de segunda a sexta, às 21h, na Record TV. Perdeu algum momento? Veja o resumo da semana aos sábados, no mesmo horário. Aproveite também os episódios completos disponíveis em PlayPlus.com.
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