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Reis

Arqueólogo e historiador Rodrigo Silva explica início do período monárquico em Reis

Convidado do podcast Fora de Série, ele falou sobre a ascensão de Saul como primeiro rei de Israel na superprodução

Novidades|Do site oficial


Arqueólogo e historiador Rodrigo Silva conversa com Ana Carolina Cury
Arqueólogo e historiador Rodrigo Silva conversa com Ana Carolina Cury

O arqueólogo e historiador Rodrigo Silva é responsável por colaborar com a construção da série Reis dentro do contexto histórico-cultural da época. Convidado do podcast Fora de Série nesta terça-feira (3), o especialista conversou com Ana Carolina Cury e analisou os acontecimentos da temporada A Ingratidão sob a ótica da arqueologia bíblica. “O povo de Israel queria ser igual aos demais. O Deus de Israel ia na contramão dos outros povos. Por exemplo, na cultura egípcia, era comum invocar o nome dos deuses para ter poder mágico sobre eles. Já o Deus de Israel não aceita o pronunciamento de seu nome em vão”, explicou o historiador.

Na trama, a ascensão de Saul (Carlo Porto) como primeiro rei de Israel marca o início do período monárquico da nação, que, até então, era governada por juízes. Rodrigo Silva comentou essa importante mudança mostrada na série.

“Saul era um camponês, mas tinha posses. Naquela época, a riqueza era medida pela quantidade de terras e gados que você possuía. Justamente no momento em que ele está procurando um gado que se desgarrou, o Senhor organiza tudo para que ele vá até a cidade onde Samuel mora. Ali, ele é ungido por Samuel. Saul era justamente o que o povo queria, porque ele era bonito, alto, forte e empunha respeito”, observou.

Ao comentar a unção de Saul com azeite, o especialista trouxe uma curiosidade ao bate-papo: “Na Bíblia, o azeite tem um significado muito forte. Quanto mais velha a árvore da oliveira fica, mais o tronco se torna largo e feio. Nesse tronco, aparentemente morto e envelhecido, saem dois tipos de ramos: o renovo e o rebento, onde nascerão novas oliveiras. Esse aspecto natural representa Israel, que, quando aparentemente está morta, Deus faz brotar vida”, comparou.

Ele também trouxe outros aspectos importantes sobre o óleo para o povo israelita. “O azeite era usado para alimentar as lamparinas, garantir a comida e produzir remédios e perfumes. O líquido também era o símbolo do Espírito Santo. É por isso que a coroação do rei era precedida da unção, pois ele tinha a incumbência de ser um protótipo de Jesus Cristo”, disse.

O arqueólogo ainda analisou o comportamento de Saul frente à grande responsabilidade: “Apesar de ter medo no início, Saul foi conquistando mais segurança. O fato de ele já ser casado e cuidar dos rebanhos do pai transparece a qualidade de bom filho. Ele era humilde e não se deixava envaidecer pela beleza. Era uma pessoa submissa, pois aceita ser ungido por Samuel. Ele tinha qualidades e virtudes, mas era uma pessoa que trazia também traumas e problemas de autoestima mal resolvidos. A insegurança de Saul o atrapalhou”.

Assista na íntegra:

Acompanhe a segunda temporada da superprodução Reis, de segunda a sexta-feira, às 21h, e, aos sábados, confira os melhores momentos da série no mesmo horário, na tela da Record TV.

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