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Repórter Record Investigação

Repórter Record Investigação denuncia casos de feminicídio nesta segunda (9)

No programa, especialistas explicam as causas da violência contra a mulher e falam sobre ações de prevenção ao crime que mata, em média, quatro brasileiras por dia

Repórter Record Investigação|Do R7

Valéria Delfino se casou ainda adolescente, e foi vítima de feminicídio doze anos após o casamento Divulgação/RECORD

O Brasil registrou 10.655 vítimas de feminicídio entre 2015 e 2023, de acordo com o último levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Na maioria das vezes, elas foram mortas simplesmente por serem mulheres. O Repórter Record Investigação viajou por São Paulo e Espírito Santo para denunciar no documentário “Feminicídio: Até Quando?”, que vai ao ar nesta segunda-feira (9), a brutalidade de maridos, namorados e ex-companheiros.

“Os crimes não chegam diretamente a ser praticados na sua violência máxima. É uma característica própria de violência contra a mulher nesse contexto doméstico e familiar. Os crimes são gradativos, se iniciam com violências verbais, morais, violências físicas, até chegar, infelizmente, ao feminicídio,” explica a diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, Raquel Gallinati.

O documentário conta a história de mulheres vítimas dessa violência. Uma delas é Valéria Delfino, que se casou ainda adolescente com um homem 12 anos mais velho. Depois das primeiras agressões, ela tentou se separar e prestou queixa à polícia. Mas não foi suficiente. Edson dos Santos matou a companheira na frente dos filhos. “Não gosto mais dele. Nunca gostei também. O jeito que ele fez a minha mãe sofrer, eu praticamente não perdoo mais,” desabafa o filho mais velho de Valéria, hoje com 11 anos.

A equipe também entrevista a família de Kethelyn Souza, que tinha 18 anos quando passou a receber ameaças do ex-namorado pelo celular. Ela não acreditava que o companheiro seria capaz de machucá-la e recusou qualquer tentativa de proteção. Foi assassinada por ele ao descer de um ônibus.


“Acho que os números de feminicídio ainda vão aumentar. A gente precisa começar a trabalhar na prevenção,” afirma Ana Carolina Querino, representante da ONU Mulheres no Brasil.

“No contexto do relacionamento abusivo, esse agressor vai isolando essa mulher de outras relações sociais que ela tenha. Então, é muito difícil de fato ela romper sozinha com esse tipo de violência. E também é muito difícil a gente colocar na mulher a responsabilidade só dela, de ela romper, de ela resolver,” pondera a coordenadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Juliana Martins.


Saiba mais:

O Repórter Record Investigação vai ao ar nesta segunda-feira (9), às 22h45.

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