Caso Nelson: buscas pelo corpo envolvem bombeiros, mergulhadores e até detector de metais
Cúmplices do homicídio do empresário já foram presos, mas assassino confesso está foragido

O Cidade Alerta compartilhou mais uma atualização sobre o caso do empresário Nelson Carreira, de 44 anos, assassinado por Marlon Couto após uma desavença em uma reunião na cidade de Cravinhos, no interior de São Paulo, no dia 16 de maio.
Segundo a investigação, Marlon vendia indevidamente produtos patenteados pela vítima, e o encontro teria acontecido para a suposta negociação do fim das comercializações.
Após a verificação das câmeras de segurança, Tadeu Almeida Silva se tornou o primeiro suspeito. Ao ser preso, ele confessou sua participação no crime, mas alegou que apenas obedeceu às ordens de seu chefe, Marlon Couto. Ele pegou o carro da vítima no interior de São Paulo, e o levou para a capital paulista, a fim de despistar as autoridades.
A polícia também analisou as imagens do saguão do prédio onde a família do empresário assassinado reside, e acabou identificando outra suposta comparsa do homicídio: Marcela, esposa de Marlon. A mulher foi flagrada horas depois do assassinato junto do marido e de Tadeu na entrada do edifício.
Ao perceber que também seria considerada cúmplice, Marcela decidiu ir até à Polícia Civil e se declarar inocente.
Marlon enviou uma carta à polícia com a confissão do crime, em um dos trechos relatou: “Começou uma discussão e nos exaltamos. Ele, muito alto e pesado, veio em minha direção, me ameaçando. Eu consegui pegar uma arma que mantinha na empresa e efetuei o disparo”.
Além da declaração, ele também garantiu que se entregaria à Justiça, mas a promessa ainda não foi cumprida, e ele permanece foragido.
Sem a informação sobre o local exato onde o corpo foi jogado, a polícia segue realizando buscas nos diversos rios de Miguelópolis, cidade localizada no interior de São Paulo, na divisa com Minas Gerais.
As autoridades também receberam imagens de um rancho naquela região, em que uma picape suspeita com uma moto subaquática engatada passava por ali, pouco tempo depois do homicídio. A partir de então, foi encontrado um quarto envolvido: Felipe Miranda, de 31 anos.
Detido na região de Uberlândia (MG), Felipe foi dado como outro suposto cúmplice do crime. Logo que foi preso, ele confessou a sua participação no crime e afirmou ter recebido dinheiro de Marlon para se livrar do corpo de Nelson.
Em seu depoimento, Felipe disse que ficou responsável por desaparecer com o corpo da vítima. Ele confirmou que estava dirigindo a caminhonete com a moto subaquática engatada e embalou Nelson em uma lona de plástico junto a uma barra de metal, a fim de que quando lançasse no rio não boiasse e, consequentemente, não atraísse atenção policial.
De acordo com Felipe, a moto subaquática foi usada para levar o corpo do empresário até certa distância do rio grande, e depois o corpo foi jogado nas profundezas do rio.
As autoridades pediram reforço de bombeiros e mergulhadores para intensificar as buscas pelo corpo de Nelson, além de usar detector de metais, já que o corpo foi embalado junto de uma barra metálica.
“Hoje nós estamos recebendo um apoio da equipe de Santos, [no litoral de São Paulo], do agrupamento marítimo, e esse pessoal veio lá do litoral para nos ajudar com o equipamento de detector de metais, e através desse material, vamos iniciar as buscas de mergulho”, declarou Frederico Munita, tenente do Corpo de Bombeiros.
O tenente ainda informou que Felipe estaria nas embarcações de buscas, para que pudesse indicar o possível local em que o corpo foi descartado.
Marlon também está sendo investigado por crimes de falsificação de produtos alimentícios, como os suplementos.
“Todas as investigações são autônomas, por mais que alguns investigados sejam os mesmos. Uma é sobre a morte do empresário Nelson, já a outra é sobre a eventual falsificação de produtos alimentícios”, afirmou o delegado Heitor Assis, que ajudou a Polícia Científica e a Vigilância Sanitária nas varreduras em diversos endereços relacionados a Marlon.
O delegado informou que nenhum dos locais avaliados pelas autoridades estavam registrados no nome de Marlon, incluindo a empresa onde o assassinato de Nelson Carreira aconteceu. A suspeita é que ele teria usado os famosos “laranjas” como intermediários para evitar problemas com as possíveis irregularidades.
As autoridades continuam em busca do corpo de Nelson Carreira e do assassino confesso Marlon Couto, que permanece foragido.
Confira a reportagem na íntegra:
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