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Cidade Alerta

Mulher escapa de tribunal do crime e manda matar homem que a ameaçava: ‘Vivi seis meses de tortura’

A vítima revelou que a confusão começou por um terreno de 30 mil metros quadrados na região de Mairinque (SP); entenda o caso

Cidade Alerta|Do R7

RESUMINDO A NOTÍCIA

  • Mulher compra terreno e irmão recorre ao PCC para exigir parcela do lote;
  • Vítima começou a ser ameçada por criminosos mesmo apresentando documentos das terras;
  • Compradora do terreno manda matar traficante dias antes de ser julgada no 'tribunal do crime';
  • Ela confessou participação no assassinato após mais de um ano.
Mulher é ameaçada de morte por criminoso, mas age primeiro e encomenda morte de traficante
Mulher é ameaçada de morte por criminoso, mas age primeiro e encomenda morte de traficante Reprodução/RECORD

O Cidade Alerta trouxe mais detalhes sobre o caso de uma mulher que viveu momentos de terror ao ser ameaçada por membros da principal facção criminosa do Brasil e chegou a ser presa após encomendar a morte de um integrante do PCC. Segundo relatos, tudo começou por causa de um terreno de 30 mil metros quadrados na região de Mairinque, interior de São Paulo. A briga iniciou com a moça e o irmão dela, sobre quem teria descoberto as terras primeiro.

De acordo com a Polícia Civil, o irmão da mulher ameaçada relatou que ele e um amigo apresentaram o terreno para ela e pediram sua ajuda para regularizar a terra por meio de uma ação de usucapião. No entanto, a justiça negou o pedido em três instâncias.

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A mulher, por sua vez, fez uma oferta para o dono do terreno de R$ 2,8 milhões e comprou sem que seu irmão soubesse. Ela revelou que eles ficaram bravos, mas que não fez nenhum acordo sobre as terras. O homem, então, começou a pressionar e exigir uma parcela do lote comprado pela parente, que negou qualquer pedido.

Segundo o depoimento da dona do terreno, ela recebeu a ligação de Ivy Cavalcante, Disciplina do PCC (Primeiro Comando da Capital) na região de Mairinque. Ela entrou em contato porque também queria entrar no terreno com participação deles. A compradora do lote, então, mostrou todas as documentações comprovando que o irmão não tinha envolvimento ou dinheiro investido no local. A criminosa, então, passou a entender e concordar com a mulher.


Ainda em busca de uma parcela no lote, o irmão da compradora recorreu a outro integrante da facção, o Anderson Caburé. O criminoso começou a mandar mensagens para a moça falando que caso a situação não fosse resolvida, ele invadiria sua casa. Ela, então, foi se encontrar com o integrante da facção para explicar sobre o terreno.

Em uma conversa do irmão com Anderson, ele confessou ter vontade de a machucar. O criminoso disse que não precisava tirar a vida dela, mas que seria bom dar uma ‘lição’.


Na tentativa de resolver a situação, a compradora das terras resolveu se encontrar com Anderson Caburé, mas, mesmo com todos os documentos, ele não se interessou pelas comprovações de que o terreno era somente dela.

“Ele pegou o documento na mão e falou que iria me visitar. Ele disse que iria ‘comer um bolo’ na minha casa, que significa matar a família inteira”, explicou a mulher.


Em outubro de 2021, um Boletim de Ocorrência foi registrado na delegacia de Mairinque para denunciar as ameaças e no ano seguinte, dia 27 de abril, Anderson Caburé foi encontrado morto. A mulher encomendou a morte do homem que a intimidava constantemente.

Quando ela foi depor sobre o assassinato de Anderson, os investigadores revelaram que a mulher seria julgada pelo ‘tribunal do crime’ no dia 30 de abril. Na época, ela não confessou participação no assassinato, e seu sobrinho foi condenado pela morte de Caburé. Ele passou um ano e quatro meses na cadeia, e mudou de penitenciária cinco vezes.

A mulher só foi revelar que encomendou a morte de Anderson após seu sobrinho entrar e sair da prisão. Porém, ela foi absolvida pelo júri, que identificou a ação tomada pela mulher como legítima defesa. “Me ameaçaram de morte. Vivi seis meses de tortura. Eu cheguei no fundo do poço e falei: ‘Ou ele, ou eu’”, desabafou a sobrevivente do tribunal do crime.

Ela contou que teme pela vida, pois tem medo de que a facção volte para fazer vingança pela morte de um dos integrantes do crime organizado.

Assista ao vídeo:

O Cidade Alerta vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir das 16h30; e aos sábados, há duas edições especiais, às 17h e às 21h, na tela da RECORD.


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