O Cidade Alerta trouxe detalhes sobre o caso de Gustavo, de apenas 8 anos, morto pelo pai e a madrasta de forma violenta e com sinais de tortura, em Vinhedo, no interior de São Paulo. O velório do menino foi marcado por desespero e revolta. Pedro Vitor do Prado, de 26 anos, e Camila Gomes da Silva, de 28, foram presos pela morte do garoto após motoqueiros reconhecerem o casal que tentava fugir, segurá-los e acionarem a polícia. Entenda mais detalhes a seguir
(Reprodução/RECORD)
Uma história de abandono De acordo com as autoridades, Gustavinho morou com diferentes pessoas da família. Ele foi abandonado pela mãe e o pai ficou cinco anos preso por roubo, saiu da cadeia há menos de dois anos e pegou o filho para morar com ele e com a esposa (Reprodução/RECORD)
Restos de lixo Segundo testemunhas, Gustavo ficava amarrado e comia restos de alimentos do lixo, e sua madrasta o maltratava por ciúmes. A equipe do Cidade alerta teve acesso a um áudio que, há cerca de 8 meses, Camila expôs que não queria morar com enteado
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Infância não convencional A casa dos suspeitos, no Parque das Paineiras, em Vinhedo (SP), estava trancada com o cadeado no portão. A residência foi abandonada, mas deu para notar os vestígios da presença do menino na casa, como roupinhas ainda estendidas no varal e alguns brinquedos, mas Gustavinho não tinha uma infância convencional (Reprodução/RECORD)
Sinais de tortura "A perita chegou ao local e ela declarou para os investigadores que a criança tem lesões antigas, lesões de sinais de amarração do braço, lesões na perna, nas costas. Ele já vinha, há muito tempo, sendo torturado", disse a delegada do caso.
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Dia fatal No dia da fatalidade, a tia da criança foi quem chegou na delegacia denunciando o próprio irmão pelo assassinado do filho. Segundo ela, durante a madrugada começaram as agressões e na ocasião teria sido acionada pelo irmão quando ele percebeu o que havia cometido, porque ela é técnica de enfermagem. A mulher teria tentado reanimar o menino, mas ele já não respondia às tentativas de primeiros socorros
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Cárcere privado Em seguida, Pedro prendeu a irmã e a mãe, que moravam na casa dos fundos, em cárcere privado. As duas ficaram trancadas em um cômodo, sem acesso aos aparelhos celulares, para que não pudessem acionar as autoridades. Só pela manhã é que conseguiram arrombar a porta e ir até o distrito policial (Reprodução/RECORD)
Cena chocante Nesse momento, tanto Pedro quanto a Camila já tinham fugido. Quando os policiais chegaram na casa, encontraram uma cena chocante, o corpo da criança estava na cama, sem roupas e tinha diversas marcas de tortura. "Eles tiveram a coragem de sumir e deixar a criança morta, jogada por 12 horas, como se fosse um animal. Nem com animal a gente faz isso, mas eles fizeram com o próprio filho dele", lamentou Giovana Batista Cardoso, tia materna da vítima. (Reprodução/RECORD)
Na delegacia Pedro trabalhava como entregador e foram os colegas de trabalho que o encontraram em fuga de carro, já na rodovia. A companheira dele o seguia de moto. A chegada do casal à Delegacia foi tumultuada (Reprodução/RECORD)
Sentimento de revolta Os familiares, amigos e populares estavam indignados, com sentimento de revolta. Camila foi presa grávida de seis meses, ela tem mais um filho da idade do menino que assassinou. "Fico me perguntando por que tanto ódio com Gustavo? Não que eu quisesse que ela tivesse machucado o filho dela, mas por que o Gustavo?", indagou Giovana.
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Comoção O velório de Gustavinho foi marcado por muita dor e comoção, o caixão pequeno estava lacrado. Giovana estava devastada e ressaltou a tamanha brutalidade: “Quando cheguei no IML para reconhecer o corpo do meu sobrinho, a única coisa que consegui reconhecer foram os cabelos, o corpo tinha marcas de mordida em todo o lugar, desde a cabeça até os pés”. (Reprodução/RECORD)
Denúncias O caso levantou questionamentos ao Conselho Tutelar da cidade, além das autoridades policiais. Segundo os familiares, no total, mais de 16 denúncias foram feitas e a polícia já tinha sido acionada, mas como o pai tinha a guarda da criança, nada fizeram. "O menino passava fome, passava sede, ele morreu com xixi no canal da urina, de tanto medo", lamentou Giovana. (Reprodução/RECORD)
Sem indícios de maus-tratos ou negligência? Em nota, o Conselho Tutelar de Vinhedo afirmou que, após denúncia formal, as medidas necessárias foram tomadas e que pai e madrasta foram ouvidos e encaminhados para atendimento, e advertidos por não comparecerem aos programas de apoio. O órgão destacou ainda que, ao solicitar um relatório para escola onde a criança era matriculada, não foram encontrados indícios de maus-tratos ou negligência (Reprodução/RECORD)
Homicídio triplamente qualificado Pedro e Camila não confessaram a autoria do assassinato. “Eles negam que bateram, falaram que a criança caiu e bateu a cabeça, só que a criança tem lesões na região do ouvido, na região das boca e nos olhos, todos roxos”, disse a delegada. Ambos foram transferidos para a cadeia e responderão por homicídio triplamente qualificado com agravante de tortura (Reprodução/RECORD)
Justiça “Ele era uma criança boa, todo mundo que o conheceu fala a mesma coisa, eu peço Justiça pelo Gustavo”, apelou Giovana.
O Cidade Alerta vai ao ar de segunda a sexta, a partir das 16h30; e aos sábados, com duas edições, às 17h e às 21h, na tela da RECORD. (Reprodução/RECORD)
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