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Domingo Espetacular

‘Perdi por incompetência e negligência’, lamenta pai de criança que morreu após reclamar de dores no ombro

Pais de Lívia pedem por justiça e buscam um jeito de retomar a vida após essa perda tão repentina; entenda o caso

Domingo Espetacular|Do R7

RESUMINDO A NOTÍCIA

  • Menina de cinco anos morre após queixas de dores no ombro em Congonhas (MG);
  • Lívia passou por dois hospitais, médicos e exames diferentes, mas liberada para a casa sem suspeita de nenhum problema grave;
  • No hospital, Lívia teve uma parada cardiorrespiratória;
  • Familiares da criança querem que o caso seja investigado e responsáveis sejam punidos.
Menina de cinco anos morre após queixas de dores no ombro Reprodução/RECORD

O Domingo Espetacular conta com detalhes o caso de Lívia Carolina, de 5 anos, que se queixou para a mãe de dores no ombro, foi levada para um hospital em Congonhas (MG), liberada e morreu horas depois.

Mesmo após realizar os exames, o profissional liberou a menina para casa e garantiu que não havia encontrado nenhum problema grave no ombro da garota. Agora, os pais buscam por justiça.

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Lívia e o irmão brincavam na sala quando ela entrou em um baú que a mãe havia comprado e precisou de ajuda para sair de lá. A suspeita da família, é de que a menina tenha se machucado nesse momento. Lívia foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), atendida por uma pediatra e mandada para casa, apenas com remédios para dor.

Mais tarde, as dores continuaram e a família resolveu levar a menina para um hospital. Lívia passou com um ortopedista, que pediu um raio-x. A radiografia mostrou um osso fora do lugar, mas, conforme os pais, o profissional não percebeu nenhuma fratura grave no exame.


Naquela mesma madrugada, Lívia acordou chorando de dor e foi levada novamente ao hospital. O atendimento demorou mais de uma hora para acontecer, e quando o médico chegou, era o mesmo ortopedista, que se desesperou ao ver a menina. “Ele encostou nela e já disse: ‘Sobe com ela para tomografia”. E lembra: “E aí a enfermeira chegou e disse que iriam entubar ela. Eu já saí desesperada”, desabafa Raquel Lorena, mãe da menina.

Uma enfermeira disse para a mãe da menina que o osso fora do lugar obstruiu uma artéria, o que pode ter complicado o caso de Lívia. No meio do choque, a mãe da menina viu outros médicos questionando o motivo do ortopedista ter liberado a criança. “Eu não perdi ela [Lívia] para uma doença, por um acidente. Eu perdi ela por incompetência e negligência [médica]”, lamenta Kenny Paula, pai de Livia.


Minutos depois, Lívia teve uma parada cardiorrespiratória. Mas, o atestado de óbito traz como indeterminada a causa da morte de criança.

A defesa do ortopedista acredita que ele agiu certo em liberar a menina, mesmo após ter visto o raio-x. “Ele tomou, sim, a conduta correta, seguindo todos os protocolos médicos ortopédicos indicados para o estado clinico que o paciente apresentava para primeiro atendimento, que não eram sinais de gravidade”.


Segundo um especialista, a dissociação escapulo torácica é uma situação grave, porque pode causar consequências neurológicas e vasculares com a perda do membro superior ou a uma lesão vascular grave, que pode levar a morte.

A Secretaria de Saúde de Congonhas (MG) abriu uma investigação para apurar o que aconteceu na UPA, e no hospital. Durante o processo, o município afastou o ortopedista responsável pelo caso.

Tanto o médico, quanto os pais da criança foram ouvidos pela polícia. Agora, as autoridades aguardam o laudo do exame de necropsia para concluir a investigação. “Não é normal que uma criança com dor no ombro tenha que esperar 24 horas para um atendimento decente que não aconteceu”.

“Então a gente considera, sim, que a causa da morte, com fundada suspeita de omissão de socorro, negligência e até mesmo uma imperícia medica”, diz Pedro Mazaro, advogado de defesa da família.

Confira na íntegra:

O Domingo Espetacular vai ao ar todo final de semana, a partir das 19h45, na tela da RECORD.

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