Entenda a relação entre canetas emagrecedoras e osteoporose
Medicamento originalmente utilizado no tratamento de diabetes pode acarretar outros problemas de saúde; veja o que diz o especialista
Fala Brasil|R7

Originalmente desenvolvidas para auxiliar no tratamento de diabetes, as canetas emagrecedoras passaram a ser utilizadas em processos de perda de peso. No entanto, o uso indiscriminado do medicamento e sem supervisão médica colocou usuários em risco. O Fala Brasil conversou com um especialista para entender como evitar danos graves à saúde e se há relação entre as canetas e a osteoporose (doença que provoca a perda gradual de massa óssea e deixa os ossos mais frágeis e propensos a fraturas).
A cantora norte-americana Avery, de 30 anos, desabafou nas redes sociais após receber um diagnóstico de osteoporose e relacionar a doença ao uso de canetas emagrecedoras. Nesta condição degenerativa, os ossos se tornam frágeis em função da perda de qualidade do material genético. No entanto, as causas podem ser decorrentes da alimentação inadequada, alcoolismo, sedentarismo, hormônios e/ou uso de medicamentos.
No relato, ela diz ter descoberto o diagnóstico por meio de exames, um ano após o início do uso das canetas. Seu objetivo com a medicação era o de emagrecimento.
Segundo o médico endocrinologista, João Ricardo de Aguiar, pessoas com sobrepeso e obesidade já possuem uma massa com densidade fragilizada. “Quando você faz um emagrecimento de forma inadequada e não repõe as suas necessidades nutricionais de maneira correta, pode provocar ainda mais um prejuízo na ossatura”, esclareceu.
O grupo de risco à osteoporose pode incluir agora pessoas jovens e obesas que emagreceram muito rápido. Para o especialista, alguém com a massa óssea enfraquecida se encontra em um estado de vulnerabilidade, já que com estas partes do corpo prejudicadas, o risco de quedas e fraturas aumentam significativamente.
Assim como a cantora, o empresário Jorge Alario conta ter passado por mudanças de peso em pouco tempo com o uso das canetas. Porém, no caso dele, houve um acompanhamento médico constante. “A cada 45 dias refaço os exames para não ter efeitos colaterais”, afirmou o empresário. Por fim, ele esclarece que graças ao auxílio profissional, não teve nenhuma sequela por conta do medicamento.
Apesar da gravidade da situação de Avery, a osteoporose tem tratamento. Atualmente, já existem remédios que podem ser usados para reverter o quadro. “A primeira medida é repor os minerais, as vitaminas e a alimentação correta”, observa o médico.
Além disso, ele recomenda, a reposição de vitamina D, caso esteja com deficiência, pois é essencial para a saúde da massa óssea do corpo.
Confira o caso:
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