A minissérie Plano Alto, gravada em Brasília e no Rio de Janeiro, tem como tema a política atual brasileira. O autor Marcílio Moraes revela o que os telespectadores podem esperar da obra.
─ A série mostra o percurso de três gerações de contestadores, que se cruza na luta pelo poder político no Brasil, nos dias de hoje. Entre eles estão guerrilheiros da década de 60/70, pessoas envolvidas no movimento contra o ex-presidente Fernando Collor de Melo, nos anos 90, e ao Black Blocs, mais recentes.
Apesar de ser transmitida antes das eleições, o autor alerta que o objetivo de Plano Alto é apenas gerar uma reflexão.
─ Não queremos doutrinar ninguém, no máximo causar pensamentos mais profundos sobre a política. Tentaremos mostrar o que ela é, como se desenvolve e os fatores que estão em jogo. O público poderá acompanhar sem tomar partido.
Não é muito comum, na TV, programas com esta abordagem. Sobre a iniciativa de criar um produto fora do habitual, Marcílio diz que os debates políticos não são suficientes levar maiores detalhes à população sobre o tema.
─ Temos uma deficiência muito grande. Foi um desafio bem legal falar a respeito da nossa situação governamental e acho que consegui concretizar a ideia. Todos os lados que estão na luta com alguma finalidade, sem exceção, poderão assistir sem achar que estão sendo atacados. Ninguém vai dizer que tal personagem foi inspirado em uma figura real.
Em relação ao elenco selecionado para dar vida à obra, o autor diz que as escolhas foram as melhores possíveis.
─ Sabemos que os atores são de excelente qualidade. O pessoal tem experiência em televisão, cinema e teatro. O time está completo e perfeito. Nos emocionamos bastante, desde o início dos encontros, porque estamos empenhados e com muita garra.