Caso Joaquim: termina 1º dia do júri de Guilherme Longo e Natália Ponte em Ribeirão Preto
No primeiro dia de julgamento, foram ouvidas 6 testemunhas de acusação, entre elas, o pai de Joaquim; crime aconteceu em novembro de 2013
Cidade Alerta|Do R7, com informações do Cidade Alerta Interior, da Record TV Interior
A Record TV Interior está na cobertura do Caso Joaquim, que completa 10 anos sem solução em Ribeirão Preto. O julgamento começou nesta segunda (16) e deve continuar até o próximo sábado (21), no Fórum de Ribeirão Preto.
Terminou pouco depois das 17h desta segunda (16) o 1º dia do júri popular de Guilherme Longo e Natália Ponte, padrasto e a mãe do menino Joaquim, morto em novembro de 2013 após desaparecer de casa, na Zona Norte de Ribeirão Preto. O julgamento do caso Joaquim acontece no Fórum de Ribeirão Preto; ao todo, 7 jurados devem ouvir todos os argumentos de defesa e acusação para decidir se Guilherme Longo e Natália Ponte, padrasto e mãe de Joaquim, são culpados pela morte do menino.
Para esse primeiro dia, estavam previstas 6 testemunhas de acusação para serem ouvidas; a última testemunha de acusação a falar ao júri nesta segunda foi o pai de Joaquim, Arthur Paes Marques. Antes dele, outras 5 testemunhas também foram ouvidas: dois policiais militares, um bombeiro que ajudou nas buscas por Joaquim, um investigador da Polícia Civil de Ribeirão Preto e um médico endocrinologista que cuidava de Joaquim.
A expectativa é de que o julgamento termine até sábado (21), mas há possibilidade de que se arraste até o fim da próxima semana. Todas as sessões serão privadas, sem possibilidade de participação do público ou imprensa. Guilherme é acusado de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou defesa da vítima. Já a mãe de Joaquim, Natália Ponte, responde por omissão.
Guilherme confessou crime à Record TV
Guilherme Longo sempre negou qualquer envolvimento na morte de Joaquim. Mas, para a Record TV Interior, em 2016, ele confessou com exclusividade durante uma entrevista ter matado Joaquim com um golpe de mata-leão. A entrevista foi obtida pelo trabalho da jornalista e ex-produtora da Record TV Interior, Juliana Melani.
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“Eu estrangulei ele... sem... eu não apertei a traqueia dele né, para não machucar. Eu sabia que ia machucar. Simplesmente, é... comprimi a lateral do pescoço dele para que ele desmaiasse sem dor. Foi rápido. Foi coisa de 2, 3 segundos. (...) E aí ele desmaiou. Eu segurei ele por mais algum período de tempo, até ele não esboçar mais reação.”
A Record TV Interior relembrou o caso em reportagem exclusiva na última sexta-feira (clique aqui para ver o vídeo). Nesta segunda (16), no Cidade Alerta Interior, a partir das 18h, a Record TV Interior exibe a segunda parte da entrevista com a jornalista Juliana Melani, contando detalhes dos bastidores da confissão exclusiva de Guilherme Longo à Record TV.
Relembre o caso
O caso teve repercussão nacional e chocou toda a região; o menino foi encontrado sem vida nas águas do Rio Pardo, próximo de Barretos, a mais de 100km da casa onde ele morava com o padrasto e a mãe, 5 dias depois de ser dado como desaparecido. Ministério Público e Polícia Civil concluíram que o menino, que era diabético, foi morto com uma superdosagem de insulina, aplicada pelo padrasto Guilherme Longo.
Já Natália, segundo a acusação do MP, sabia que Longo era agressivo e era usuário de drogas na época da morte do menino, e por isso, teria se omitido. O advogado de defesa de Guilherme Longo, Antônio Carlos de Oliveira, diz que nunca foi encontrada insulina no corpo do menino e que espera haver um julgamento justo. O advogado de Natália, Nathan Castelo Branco, afirma que ela sempre se preocupou com a saúde do filho e que não teve participação no crime. Ele ainda pede que qualquer pena seja cumprida em prisão domiciliar.