Caso Nilza: jovem fez ‘dancinhas’ após matar e enterrar mulher em quintal de casa, em Barretos
Leonardo Silva foi preso nesta quinta (3) e confessou ter matado a aposentada Nilza Pringoud, de 62 anos, por dinheiro e vingança; rapaz fez vídeos fazendo 'dancinhas' e postou nas redes sociais após o crime
Cidade Alerta|Do R7
Novas imagens de câmeras de segurança podem ajudar a Polícia a descobrir como de fato Leonardo Silva matou e enterrou a aposentada Nilza Maria Aparecida Costa Pingoud, de 62 anos, em Barretos. Leonardo apontado como o principal suspeito do crime, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta quarta (2) e foi localizado pela Polícia Civil na manhã desta quinta (3), em um posto de combustíveis de Frutal (MG). Em publicações nas redes sociais após o crime, Leonardo aparece fazendo 'dancinhas'. O corpo de Nilza foi encontrado enterrado no quintal da casa onde ela morava, nesta terça-feira (1º), no bairro Los Angeles. Para especialistas, o jovem tem um perfil de psicopata.
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Durante a chegada à delegacia de Frutal (MG), em vídeos divulgados pela Polícia Civil de Barretos, Leonardo ainda agiu com deboche, mandando ‘beijos’ e sorrindo enquanto era retirado da viatura, chegando até a dançar na frente do prédio. No final da manhã, Leonardo foi transferido a Barretos, onde foi ouvido e confessou o crime ao delegado de Polícia responsável pelo caso, Rafael Faria Domingos.
Veja a reportagem do Cidade Alerta Interior, da Record TV Interior:
Segundo Domingos, Leonardo teria confessado o crime à Polícia em depoimento, apenas para roubar o dinheiro de Nilza e deve responder por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver. O suspeito teria sido abrigado por Nilza, que era viúva há 5 anos, e tinha a confiança da vítima.
Como tudo aconteceu?
Leonardo afirmou que matou Nilza com um fio elétrico na manhã da segunda (24) e escavou um buraco no quintal da aposentada, durante 4 dias, quando enterrou o corpo da vítima guardado em um baú. Após ter acesso às contas bancárias de Nilza, Leonardo fez diversas compras com o dinheiro da vítima, adquirindo sapatos, uma motocicleta 0km e até alugou um apartamento com pagamento adiantado.
Segundo o delegado, Leonardo confessou ter realizado movimentações financeiras de mais de R$ 50 mil pelo celular de Nilza após o crime. A Polícia Civil apreendeu com Leonardo a motocicleta, além do celular e da carteira de habilitação da vítima. Após o crime, segundo a Polícia, ele teria levado celular e cartões bancários de Nilza e retirado da conta da vítima cerca de R$ 70 mil.
Leonardo voltou à cena do crime acompanhado dos investigadores da Polícia Civil e, após a reconstituição, foi encaminhado à Cadeia Pública de Colina, onde permanecerá por pelo menos 30 dias. A Polícia Civil deve pedir à Justiça a prisão preventiva do suspeito. O corpo da vítima passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) de Barretos, que devem apontar a causa exata da morte. O enterro de Nilza Pingoud aconteceu na manhã desta quarta-feira (2), sem velório.
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Entenda o caso
Segundo boletim de ocorrência, o corpo de Nilza Maria Aparecida Costa Pingoud foi encontrado enterrado no jardim da casa dela. Vizinhos sentiram falta da idosa e comunicaram a Polícia, que começou a investigar o caso.
Nesta terça (1º), um policial civil pulou o muro de uma residência vizinha e conseguiu entrar na residência. Ele percebeu que a terra do jardim estava remexida e ao verificar encontrou o corpo de Nilza enterrado no quintal.
Uma vizinha disse que não percebeu nada de anormal e não ouviu nenhum barulho; já outros dois vizinhos afirmaram ter visto um rapaz desconhecido, branco, magro, alto em frente à casa de Nilza no último sábado (29), mas não notaram nada de diferente.
A filha e um sobrinho de Nilza compareceram ao local, mas afirmaram que não mantinham contato regular com a vítima e não sabem o que pode ter ocorrido. O celular de Nilza não foi encontrado pelos policiais.
Na casa da idosa, existem câmeras de segurança e o aparelho de gravação das imagens foi apreendido para análise. A Perícia também apreendeu outros objetos para investigação do crime.