Rômulo Weber reflete sobre escolhas de Jeús em Reis: ‘Erra e acerta, mas é ético’

Rômulo Weber mostrou a que veio logo de cara nas primeiras cenas como Jeús em Reis — A Divisão. Primogênito de Roboão (Heitor Martinez) e preterido pelo pai, o príncipe não passou despercebido pelo público.

Em conversa com o site oficial, Rômulo não escondeu a alegria por atuar em mais uma temporada da superprodução, na qual também interpretou Gadias, filho de Elcana (Fernando Pavão) em A Decepção.

“Provavelmente, é o trabalho mais feliz que fiz até hoje. Voltar a um lugar onde já estive antes é um reconhecimento de que deu certo e tudo o que plantei durante esses anos de estudo tem se concretizado. Para mim, é uma honra e realização”.

Com Jeús, Rômulo chegou ao protagonismo como grande rival do irmão Abias (Gabriel Vivan). “É um lugar de grande responsabilidade, pois tive a oportunidade de mostrar mais camadas dele. É um personagem que foi um fio condutor de toda a trama”, revelou.

Na reta final da décima primeira temporada, Roboão reuniu todos os filhos em uma festa e anunciou que Abias, primogênito de Maaca (Juliana Knust) será o sucessor do trono do reino de Judá.

“Quando isso foi anunciado na frente de todos foi a espetacularização de uma derrota, de ter falhado em tudo que ele planejou a vida inteira. Foi uma humilhação muito grande. Todos os irmãos têm um choque e discordam porque não consideram o Abias preparado para isso”, contou o ator.

Filho de Maalate (Bianka Fernandes), Jeús foi preterido mesmo se condicionando a assumir o trono durante toda a vida. “O Jeús é muito centrado nos objetivos dele e por ter sido criado com a certeza de que seria o sucessor, lhe trouxe mais seriedade, por entender a responsabilidade de colocar a coroa na cabeça. Então, ele teve que dar o exemplo e quis mostrar isso para o pai”, afirmou Rômulo.

De acordo com o ator, Maaca é a causadora dos problemas do príncipe pela influência que exerce sobre o pai: “Ele entende que a Maaca é a grande responsável por todo esse caos na vida dele pela relação que ela tem com Aserá e o afastamento de Deus, fazendo com que toda a família se desequilibrasse”.

Aliás, para Rômulo, a diferença no tratamento de Maaca e Maalate com os filhos fica evidente desde o início.

“A Maalate tem uma relação muito mais respeitosa com os filhos do que a Maaca, que manipula todos que cercam o Abias. A gente não vê isso na Maalate, é uma relação mais saudável”, comparou.

Ao relembrar a preparação, Rômulo ressaltou a conexão entre o elenco e como os encontros entre os atores foi fundamental para a química exibida nas cenas:

“Foi muito bom ver como trouxe resultado. Viramos grandes amigos fora de cena, o que foi fundamental. O Heitor [Martinez] é um paizão, gosta de ensinar, não é um ator egoísta. Deu vários toques de como a cena poderia ficar mais interessante. É um ator admirável. E a Bianka [Fernandes] também, ela fez um movimento muito importante no início para nos encontrarmos e ter essa liberdade um com o outro, se não fica superficial”.

Ele aproveitou para refletir sobre as escolhas de Jeús: “Em alguns momentos podem achar que ele é maravilhoso, mas em outros, horrível. Isso que é mais interessante e me faz amar mais representar esse personagem. Vejo o Jeús como alguém muito humano, que erra e acerta, mas acima de tudo ético, por mais que possam ter dúvida sobre essa ética dele algumas vezes”.

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