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‘Muita covardia’, desabafa irmã de homem morto em ação policial

Familiares de Marcos Aurélio desconfiam da versão dada pela polícia e buscam mais informações sobre as circunstância do crime; entenda o caso

Cidade Alerta|Do R7

Família de homem morto em ação policial contesta a versão da polícia (Reprodução/RECORD)

O Cidade Alerta trouxe detalhes do caso de Marcos Aurélio, trabalhador da construção civil, morto em uma ação policial no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo. A família da vítima contesta a versão da polícia e busca por explicações sobre como tudo aconteceu.

Segundo a polícia, os vizinhos chamaram os agentes porque a vítima estaria dentro de casa, sozinho, mas muito agressivo. Os policiais chegaram e relataram que Marcos estava com uma barra de ferro e teria investido contra eles. Os familiares não acreditam nessa versão.

Na noite do ocorrido, Marcos mandou um vídeo para a irmã. Ele estava tendo um surto, achou que estava sendo perseguido e ligou para a irmã para pedir socorro, mas ela não atendeu as chamadas. Os vizinhos então acionaram a polícia.

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De acordo com o relato dos policiais, Marcos teria descido as escadas, abriu o portão e, portanto, do lado de fora, a morte teria acontecido. No entanto, não há nenhuma marca de disparo de arma de fogo nas paredes. Segundo a família, a vítima levou pelo menos dois disparos na região da nuca.

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“Não deveriam ter atirado no meu irmão, porque ele não estava armado. Ele não é nenhum criminoso, ele trabalhava”, garantiu Antônia Silva, irmã da vítima.

As irmãs de Marcos foram até o local onde tudo aconteceu para tentar entrar na casa onde ele estava morando há duas semanas. Ninguém sabe se ele foi morto do lado de fora ou dentro da casa.

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O corpo foi levado para IML documentos e não havia boletim de ocorrência. “Não fizeram nada, o levaram como indigente e mataram dentro da residência dele. Por que não procuraram um documento? Tinha a mochila dele, tinha crachá do serviço, tinha tudo”, lamentou a irmã.

No local, havia algumas marcas de sangue, mas não tinha nenhuma marca de disparo. Segundo testemunhas, teriam lavado a calçada. “A gente não sabe se mataram ele lá dentro ou aqui fora, é muito difícil de saber. Eu só queria saber qual foi o motivo da execução, como foi a abordagem, porque independente se ele estava com a suposta barra de ferro, eu acho que eles não deveria ter atirado no meu irmão. É muita covardia a forma como tiraram a vida do meu irmão”, disparou Antônia.

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Após conversar com inquilinos, a família conseguiu autorização para entrar no local. A porta da residência estava toda quebrada, mas não havia sinal de arrombamento. “É muita covardia, independente da situação que ele estava, acho que não tinham o direito de atirar”, disse a irmã da vítima.

O corpo do Marcos foi para o IML como indigente, estava sem os documentos e a família só descobriu que era ele muito tempo depois, por conta de um vídeo que começou a circular na comunidade.

Do lado de fora, longe da família, um morador que não quis ser identificado, fez uma revelação do que viu naquela noite: “Entraram quatro policiais. Saíram três e vinha outro. Parece que lá dentro mesmo, ele deu um tiro no rapaz. Aí depois, quando chegou aqui fora, ele estava correndo e deram mais dois [tiros]”. Ainda segundo a testemunha, a vítima começou a gritar e pedia socorro. Além disso, ele não o viu com a barra de ferro, nem ameaçando ninguém.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública disse que o DHPP vai investigar o que aconteceu. Já a família afirmou que vai procurar a corregedoria.

Confira na íntegra:

O Cidade Alerta vai ao ar de segunda a sexta, às 16h50, e aos sábados, 17h, na tela da RECORD.

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