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Cidade Alerta

‘O suspeito parece alguém da confiança do meu marido’, declara esposa de empresário assassinado após reunião

Autoridades pedem a prisão do homem que diz ter parcela de culpa no assassinato de Nelson Carreira; entenda o caso

Cidade Alerta|Do R7

Suspeitos do desaparecimento e suposta morte do empresário Nelson Carreira, são identificados Reprodução/ RECORD

O Cidade Alerta mostrou as últimas atualizações sobre o caso de Nelson Carreira, de 44 anos, que estava desaparecido há mais de uma semana. O empresário foi para Cravinhos, no interior de São Paulo, para participar de uma reunião, mas não retornou para casa. Durante a investigação, a polícia identificou suspeitos e um deles confessou.

Na segunda (26), a esposa de Nelson Carreira deu uma declaração sobre o desaparecimento do marido, a fim de contar tudo o que sabia e acreditava sobre o caso. Ela afirmou que a vida em família era confortável, que o marido não se queixava de problemas financeiros e nem de ameaças.

Nelson atuava com o registro dos suplementos alimentares e a venda com exclusividade. Para a esposa, ele exercia um negócio lucrativo, mas que, ao mesmo tempo, poderia gerar alguns conflitos com os concorrentes.

Antes do desaparecimento, a mulher afirmou que ele estava firmando uma parceria com o CEO de uma empresa farmacêutica, e por esse motivo viajou várias vezes para fazer reuniões no interior de São Paulo.


Durante a conversa, ela revelou que Nelson havia pedido que ela ligasse durante a reunião, para que assim ele pudesse sair do compromisso. “Eu não sei se ele estava desconfortável, ou porque ele queria nos encontrar, já que eu e minha filha estávamos em um sítio, não estávamos em São Paulo”, afirmou.

Ela ainda ressaltou que o homem que dirigia o carro de seu marido, visto pelas câmeras de segurança do pedágio, não era Nelson. No vídeo resgatado, era possível ver o espelho interno do motorista abaixado, algo que nunca aconteceria com Nelson ao volante, já que de acordo com ela, ele tinha 1,90 de altura e se alterasse o espelho, não enxergaria a estrada devido seu tamanho.


“Ele não saiu de lá, não era ele dirigindo o carro”, garantiu a mulher.

Na apuração dos registros e pistas recolhidos pelas autoridades foi identificado um suspeito, semelhante a Nelson, que estacionou o veículo e caminhou na direção oposta, usando um boné que escondia o seu rosto.


Após a análise das imagens, foi constatado que o homem, em questão, se tratava de Tadeu, um funcionário da empresa no qual o desaparecido trabalhava.

A filha adolescente, e uma amiga assistiram ao vídeo e correram até a mãe, a fim de contar que o boné na cabeça do suspeito era, na verdade, o de seu pai.

“Ela viu no celular de uma amiguinha, e acho que só com dez segundos de vídeo subiu dizendo: ‘mamãe é o boné do papai, na cabeça do rapaz’. O chapéu estilizado estava dentro do carro, e é exclusivo do moto clube que ele participa, não tem como ser de outra pessoa, a não ser de Nelson”, indagou a esposa.

Com a investigação, a polícia chegou a outros suspeitos responsáveis pelo desaparecimento de Nelson e pela sua suposta morte.

“A gente tem uma desconfiança. Quando eu digo a gente, eu quero dizer eu e o meu grupo familiar e de amigos. O suspeito parece alguém que já vimos e de confiança do meu marido”, relatou a esposa.

O delegado responsável pelo caso, Sebastião Picinato, afirmou já saber o local onde aconteceu o crime -, devido ao exame da perícia, com o uso do luminol, uma substância química que emite uma luz azulada quando reage a agentes oxidantes, principalmente sangue. “Não temos dúvidas de que o assassinato aconteceu no interior da empresa, porque há vestígio de sangue, revelados no exame pericial”, afirmou.

Nesta terça-feira (27), a equipe do Cidade Alerta conversou com o advogado de Tadeu, e descobriu ele confessou sua colaboração no despacho do corpo e a transferência de local do automóvel de Nelson, do interior para a capital paulista.

Segundo ele, o crime foi cometido por outra pessoa: Marlon Couto. Tadeu disse que a “sociedade” que Nelson estaria entrando, era, na verdade, a uma parceria em processo de negociação, durante aquela e outras reuniões que aconteceram.

O empresário desaparecido tinha a patente de um produto que estava sendo vendido indevidamente no comércio eletrônico por Marlon Couto, dono da empresa farmacêutica, onde ocorreu o encontro empresarial.

Em depoimento, Marlon contou que iria ao banheiro, localizado do outro lado da empresa. Quando voltou, teve uma desavença com o empresário sobre o planejamento da parceria.

Tadeu ressaltou que, ainda após o desentendimento entre Marlon e Nelson, ele escutou um disparo de fogo e viu o empresário morto no chão, com um buraco de bala na cabeça, enquanto Marlon estava segurando a arma do crime.

Ele afirmou que Marlon agiu como se nada tivesse acontecido após cometer o crime, e té pediu um refrigerante.

Além disso, Tadeu ressaltou que foi obrigado a levar o carro de Nelson para a capital paulista, a fim de despistar os policiais.

A confissão correspondia e se relacionava com a investigação de campo, feito com o luminol dentro da empresa de Marlon, onde foram encontrados diversos respingos de sangue.

Ainda na abertura do caso, Marlon não aceitou dar um depoimento para as câmeras, mas ao ser procurado pela mídia, como o dono da empresa do homem que desapareceu após ir a uma reunião, garantiu que estava ajudando as autoridades para que o empresário fosse encontrado, mas, na verdade, foi o autor da morte de Nelson.

A esposa de Nelson, preocupada com a demora do retorno do marido, ligou para Marlon e perguntou se o empresário já havia ido embora. Como uma resposta imediata, Marlon, ao lado de sua esposa e Tadeu, foram, de madrugada, até o apartamento da família do desaparecido.

Com a confissão, as peças se encaixaram e um pedido de prisão temporária foi feito pelo delegado de Cravinhos, para a esposa de Marlon, mas tanto ela quanto o marido declararam, por meio do advogado, que estavam em viagem de negócios, e assim que retornassem se entregariam.

Os advogados de Marlon e Tadeu garantiram que ambos iram se entregar à polícia, mas Marlon afirmou, que iria apenas esclarecer os fatos e mostrar que não era culpado.

Marlon, sua esposa e Tadeu estão foragidos, mas a polícia segue em buscas dos autores do assassinato de Nelson Carreira.

Confira a reportagem na íntegra:

Cidade Alerta vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h30, e aos sábados, às 17h e às 21h, na tela da RECORD.

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